A Delegação Regional de Educação do Norte (DREN) enviou para as escolas e os agrupamentos daquela região uma informação relativa ao número de funcionários que cada estabelecimento deveria ter e, de acordo com a Associação dos Diretores de Agrupamentos de Escolas (ADAE), faltam mais de 900 trabalhadores. Em declarações à Lusa, Filinto Lima, da referida associação, explicou que as contas da DREN apontam para a falta de “830 assistentes operacionais e cerca de 80 assistentes técnicos” nos estabelecimentos de ensino do norte do país.
Contudo, nem todas as escolas têm falta de funcionários. Segundo Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), há dois casos problemáticos: “há um agrupamento de escolas em Lamego onde a DREN considera existirem cerca de 40 funcionários a mais e outro, em Moimenta da Beira, onde as contas deram 63 funcionários excedentários”. De recordar que os diretores dos estabelecimentos tinham de enviar, até ao final da semana passada, os nomes de quem deveria ser transferido. Contudo, para Filinto Lima, o período de tempo concedido para a aplicação da medida foi muito curto. “Deram muito pouco tempo, até porque esta medida requer a audição dos funcionários e um dos primeiros critérios é ser voluntário”, referiu, acrescentando que, no seu caso, o processo ficou concluído porque tinha apenas um funcionário excedentário e conseguiu contactar um trabalhador que estava de férias e que aceitou voluntariamente sair da escola. Ainda assim, “muita gente não teve tempo para fazer esse serviço”, lamentou o responsável da ADAE.
