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“Há uma fadiga da austeridade em Portugal”, disse o economista Nouriel Roubini

“[Portugal] é um país em que há vontade política, comparado com outros países europeus”, explicou, “mas pode haver uma mudança brusca se a economia não começar a melhorar”.
Para Roubini, há uma separação entre o que se passa nos mercados financeiros, que têm tido bons desempenhos devido à existência de liquidez, e a economia real. “Este desequilíbrio não pode continuar para sempre. As forças da gravidade económicas vão forçar uma correção (…) Ainda não existe uma bolha financeira, mas se esta situação continuar, dentro de um, dois, três anos há a possibilidade de um ‘crash'”, sustentou o economista, que participou numa palestra na Bolsa de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
O responsável reconheceu ainda que “a austeridade é necessária”, mas que o seu efeito recessivo tem de ser considerado e que os seus critérios de aplicação devem ser melhor definidos. “Muitas medidas de consolidação têm efeitos recessivos. As reformas estruturais, que são necessárias, também têm efeitos recessivos. Por isso, deve reduzir-se a austeridade fiscal quando se fazem reformas estruturais”, realçou.

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