A revista internacional National Geographic dedicou um artigo de oito páginas da sua edição de outubro à Torre dos Clérigos e à investigação em curso sobre as possíveis ossadas de Nicolau Nasoni, encontradas, ocasionalmente, no final das obras de restauro da Igreja dos Clérigos, em 2014.
A publicação seguiu as investigações “in loco”, revelando que o “mistério” juntou, no local, especialistas das áreas da Ciência e História e equipas forenses. Envolvida nas pesquisas esteve igualmente a Universidade do Porto, apoiada pelo professor Giovanni Tedesco, e o Instituto de Patalogia e Imunologia Molecular (IPATIMUP).
Segundo recorda a publicação, a história do arquiteto italiano confunde-se com a história da própria cidade “durante décadas centrais do século XVIII”. “Nasoni tornou-se portuense, adotado como ícone, símbolo da atração que o Porto exerce sobre os estrangeiros, como um vício, um íman que, uma vez magnetizado, nunca mais tolera a fuga”, avança o artigo. O italiano Nicolau Nasoni chegou ao Porto em 1725 e nunca mais deixou a cidade. Morreu em 1773, aos 82 anos, dez anos depois da conclusão da Torre dos Clérigos.
