O festival de ilustração e arte urbana Push Porto, que decorrerá, pela primeira vez, entre os dias 13 e 21 de setembro, na Invicta, com a intervenção de artistas nacionais e internacionais em várias paredes portuenses, pretende integrar a cidade nos circuitos de turismo alternativos. Apoiada pela autarquia local, a iniciativa, dinamizada pela Circus, contempla também oficinas e palestras em diversos pontos do Porto.
Segundo afirmou, à Lusa, um dos organizadores, André Carvalho, a expectativa é que, dentro de dois ou três anos, exista “um turismo alternativo na cidade” e que a própria população comece a olhar de outra forma para a comunidade artística, de modo a transformar o Porto num “enorme foco de cultura”. Para André, é lamentável que o trabalho dos vários artistas portuenses esteja reduzido a “meia dúzia” de pinturas, ainda que esses criativos tenham estado muito ativos noutros locais, nomeadamente no estrangeiro. “Tudo o que ia sendo criado era apagado e, às vezes, mais rápido do que o próprio lixo visual”, garantiu o elemento da Circus, que esteve por trás da pintura de um mural de grandes dimensões numa esquina da rua Miguel Bombarda, da autoria de Mesk, Fedor e Mots, num edifício cujo proprietário – referiu André Carvalho – teve de pintar a parede oito vezes no espaço de um ano até ao momento em que o mural foi criado. “Desde então nunca mais foi sujo”, garantiu.
O Push Porto vai ser financiado através da angariação digital de verbas (crowdfunding), do apoio da Câmara do Porto e da “boa vontade de muita gente”, incluindo empresas que contribuíram com diversos elementos para a realização do evento, desde andaimes a viagens e alojamento de artistas.
