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“Pulmão verde” do Porto

“Pulmão verde” do Porto
De mãos dadas pelo meio ambiente

É formado por serras, rios, aldeias históricas e um vasto património cultural, arqueológico e mineiro do Grande Porto. O projeto Pulmão Verde, idealizado pelos municípios de Valongo, Gondomar e Paredes, pretende promover a utilização sustentável do território, aliando natureza, desporto e lazer.

Os concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes decidiram centrar esforços no aproveitamento das potencialidades da sua zona verde, formalizando um grupo de trabalho intermunicpal com vista à criação do projeto Pulmão Verde da Área Metropolitana do Porto (AMP). A iniciativa surge numa altura em que o progresso das cidades gera, muitas vezes, efeitos negativos (e irreversíveis) na natureza e no meio ambiente.

pulmao_2A primeira reunião entre os três autarcas (Marco Martins, de Gondomar; José Manuel Ribeiro, de Valongo, e Celso Ferreira, de Paredes) foi realizada em abril, seguindo-se outras de caráter técnico e político, com vista à preparação de uma candidatura da iniciativa aos fundos comunitários do novo Quadro Estratégico Comum (QEC), que enquadrará os apoios estruturais da União Europeia entre 2014 e 2020.

Em declarações à Viva, José Manuel Ribeiro explicou que o projeto contempla cerca de dez mil hectares de área verde, “incluindo serras, rios, aldeias históricas e um vasto património cultural, arqueológico e mineiro, desde o carvão ao ouro romano”. Neste verdadeiro “pulmão” que as autaquias querem criar “junto ao coração da AMP” estão as serras de Santa Justa, Pias e Castiçais (partilhadas pelos três municípios), mas também as de Santa Iria, Banjas e Flores. Depois de uma ação de sensibilização por parte dos três responsáveis junto da CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte), a equipa técnica responsável está a ultimar o projeto que, segundo frisou o presidente da Câmara de Valongo, “deverá estar concluído até ao final do ano, para ser apresentado logo que abram as candidaturas ao Novo Quadro Comunitário de Apoio”.

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pulmao_1Atividades desportivas e recreativas

No fundo, esclareceu, a intenção é a de dar continuidade e ampliar “aquilo que Valongo já faz: promover o usufruto sustentável desta região através das suas potencialidades naturais”. Neste concelho, além das serras, o projeto abrange também o vale do Rio Ferreira, a Aldeia de Couce e o leito do Rio Simão, locais de referência ecológica, histórica e paisagística. Proteger o património ambiental, aproveitando as suas mais-valias ao nível de atividades desportivas e recreativas outdoor, com caminhadas, BTT, escalada e trailrunning, é o grande objetivo. Paredes, por sua vez, contribui com uma parcela verde de cerca de 4 mil hectares, segundo referiu o vereador do Ambiente, Pedro Mendes, em declarações à Lusa. E o terceiro concelho envolvido, Gondomar, “oferece” 2.250 hectares de área florestal e 421 hectares de Reserva Ecológica Nacional, 179 hectares de área de proteção aos leitos dos rios, 50 de escombreiras (S. Pedro da Cova) e 1.900 de área do estudo do parque do Salto. “Gondomar está a começar praticamente do ponto zero, sendo nossa pretensão eleger todas as estruturas possíveis a candidatar”, referiu o autarca local, Marco Martins. E tal como frisou Pedro Mendes, vereador na autarquia de Paredes, os cidadãos “gostam de passar o seu tempo livre em espaços verdes”, pelo que se revela necessário “criar condições para que tudo seja feito de uma forma mais confortável e sem prejudicar a natureza”.

pulmao_3Reflorestação e criação de centros interpretativos

Além da criação de novas infraestruturas de apoio à visita e aos desportos de ar livre, o projeto “Pulmão Verde” envolve reflorestação, criação de centros interpretativos, melhoramento dos trilhos de pedestrianismo e preservação dos geomonumentos e da traça das aldeias rurais. “Vamos incentivar dinâmicas territoriais, incrementar o conhecimento e a conservação dos habitats, promover o diálogo com os parceiros privados”, acrescentou José Manuel Ribeiro. A ampliação das zonas verdes é outra das metas, tanto nas áreas em comum como naquelas que não têm afinidade geográfica entre si.

Texto: Mariana Albuquerque

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