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Projeto português em destaque na Bienal de Arquitetura de Veneza

Projeto português em destaque na Bienal de Arquitetura de Veneza

“Fertile Futures”, projeto levado a cabo por sete oficinas com sete casos de estudo espalhados de Norte a Sul do país, que visa procurar soluções para a “escassez de água doce”, é a proposta que representa Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorre entre 20 de maio e 26 de novembro nesta cidade italiana. A apresentação do projeto teve lugar no Reservatório Municipal e contou com as presenças de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, e Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura.

Na conferência de imprensa de apresentação do projeto, o município do Porto firmou-se como apoiante “desde a primeira hora”. “Faz parte da nossa missão e ao fazê-lo estamos a representar a aliança que a cidade tem com a cultura”, reiterou Rui Moreira, de acordo com a informação avançada pelo portal de notícias da autarquia, acreditando que o projeto, com curadoria de Andreia Garcia, será “um êxito”.

“Eventos como a Bienal de Arquitetura em Veneza, mas também a Bienal da Arte, de Istambul, de Arquitetura de São Paulo ou a Quadrienal de Praga são momentos fulcrais para a nossa apresentação enquanto país, mas também para inserção dos profissionais portugueses nas grandes redes internacionais”, reforçou, por sua vez, Pedro Adão e Silva, reconhecendo que a “internacionalização é um elemento-chave da política de cultura” uma vez que “corresponde a uma abertura, a um cosmopolitismo de como projetamos, hoje, a imagem do nosso país lá fora”. Na opinião do ministro da Cultura, o projeto, ao qual foi atribuído um investimento de 800 mil euros, é “um estímulo à reflexão sobre novas estratégias para a gestão dos recursos hídricos”.

“O impacto da Gigabateria na bacia do Tâmega, a quebra da convenção no Douro Internacional, a extração mineira no Médio Tejo, a imposição de interesses na Albufeira do Alqueva, a anarquia no perímetro de rega do Rio Mira, a sobrecarga das lagoas na Lagoa das Sete Cidades e o risco de aluviões nas Ribeiras Madeirenses” são os casos de estudo desta proposta que conta com a curadoria de Andreia Garcia, e de Ana Neiva e Diogo Aguiar, como curadores adjuntos.

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“É tempo de voltarmos a ser humanos. Não podemos mais adiar o nosso tempo. Somos a causa dos problemas conjunturais, mas também a sua solução”, sublinhou Andreia Garcia.

Além de ser apresentada “em forma de uma exposição” no Palácio Franchetti, em Veneza, irão acontecer “assembleias de pensamento” que darão espaço para debates, que terão lugar em Vezena, a 20 de maio, em Braga, no dia 3 de junho, Faro, a 9 de setembro e Porto Santo, no dia 7 de outubro. Haverá, ainda, um seminário internacional “com estudantes de arquitetura, provenientes de diversificados contextos”, a realizar-se no Fundão.

Portugal é, também, representado na Bienal de Arquitetura de Veneza pelo arquiteto portuense Álvaro Siza Vieira, que será “o autor da instalação da representação do Vaticano, que tem o cardeal José Tolentino Mendonça como comissário”. Segundo o ministro da Cultura, a presença do arquiteto português “corresponde a um reconhecimento no ano em que completa 90 anos”.

Foto: Guilherme Costa Oliveira

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