O presidente da autarquia portuense, Rui Moreira, assegurou esta segunda-feira à noite que a operação imobiliária prevista para o bairro do Aleixo só vai avançar quando houver casas para os cidadãos que ainda lá vivem, em “condições deploráveis”.
A garantia foi dada durante o debate sobre a proposta de aumento do capital do Fundo Imobiliário do Aleixo, aprovada em Assembleia Municipal com 38 votos favoráveis e seis contra. Segundo anunciou o autarca independente, o projeto ainda está sujeito ao veredicto da assembleia geral do fundo (a realizar este mês) e do Tribunal de Contas. Para o deputado da CDU Honório Novo, a câmara devia resolver a questão de outra forma, através da “rescisão do contrato de janeiro de 2010 estabelecido com a Gesfimo” (sociedade gestora do fundo). De recordar que o fundo está paralisado devido aos problemas que afetaram o universo Espírito Santo, não tendo dinheiro para avançar com o projeto imobiliário previsto para o Aleixo e com as contrapartidas acordadas com a câmara, que incluem casas para os moradores desalojados. Em reposta, Moreira lembrou que o grupo Mota-Engil manifestou interesse em ser acionista daquele fundo, através de um aumento de capital. Com efeito, a empresa comprometeu-se a injetar dois milhões de euros no fundo e passou a deter quase 27% do seu capital, tal como o ex-futebolista António Oliveira. Os sociais-democratas concordaram com a solução adotada pelo executivo de Rui Moreira, defendendo tratar-se da “melhor sob todos os pontos de vista”.