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Programa Especial de Realojamento divide moradores de Aldoar

Programa Especial de Realojamento divide moradores de Aldoar

Entre os mais de 200 barracos construídos em Aldoar, Patrícia partilhava com os amigos de infância tanto as agruras como as brincadeiras “no meio do pinhal”. O descontentamento gerado pela falta de uma casa de betão com água e luz a dezenas de famílias levou Esmeralda Mateus, presidente da Associação de Moradores do Bairro de Aldoar, a mobilizar os moradores, “barraco a barraco”, para, ao longo da noite de 29 de março de 1997, cortarem a Estrada da Circunvalação, com paletes e pneus em chamas. O objetivo da iniciativa era simples: “habitação”, segundo afirmou, agora, Esmeralda, recordando que, na época, “até as crianças diziam que queriam uma casa no Natal”.
Depois da implementação do PER, Marco Torres, de 39 anos, conseguiu passar dos barracos de Aldoar para uma habitação no bairro, em que “as condições são outras”. Ainda assim, falta o futebol e as “muitas atividades” que praticava em comunidade. O bairro tem agora 16 blocos de habitação com quase 400 fogos. Aliás, Esmeralda Mateus teve mesmo que “ensinar” a comunidade a partilhar um espaço comum e fê-lo “porta a porta”, de modo a evitar o arremesso de lixo e água pela janela fora. Para a presidente da associação, o PER foi “muito importante”. Contudo, a moradora teme que, em breve, as barracas regressem à zona, na medida em que “habituaram estas pessoas a não ter emprego” e agora que “o rendimento mínimo foi acabando” o trabalho escasseia.

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