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Primeiro complexo de ajuda à demência da Península Ibérica fica em Gaia

Primeiro complexo de ajuda à demência da Península Ibérica fica em Gaia

O Complexo de Neurointervenção da Cruz Vermelha Portuguesa fica localizado na rua Silva Tapada, em Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia, e é o “primeiro centro desta natureza da Península Ibérica”, destaca a autarquia local.

Criar uma resposta integrada e interdisciplinar de apoio às pessoas com demência, aos cuidadores e aos seus familiares, é o objetivo do equipamento que entrará em pleno funcionamento em setembro.

Representando um investimento de 1,5 milhões de euros, o complexo pretende dar assistência ao maior número de pessoas com estas doenças, num país em que 40 por cento das pessoas com 85 anos ou mais padecem de demência.

Para tal, e segundo a autarquia de Gaia, vai assentar no desenvolvimento de quatro eixos: “a prevenção que, através da promoção e adoção de estilos de vida saudáveis, permite retardar o máximo possível este tipo de doenças; a intervenção, feita a partir de toda a prestação de cuidados que serão disponibilizados no complexo; a formação, que permite a capacitação de profissionais e técnicos e a formação de cuidadores, enfermeiros e da comunidade em geral; e a investigação, para qual estão a desenvolver-se parcerias com o CEAP-TA Espanha, a Fundação Rainha Sofia e a Fundação Champalimaud”.

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O complexo é composto por um centro de neurointervenção, que terá seis terapeutas especialistas em défices cognitivos; um serviço de apoio especializado aos doentes e aos seus familiares; um centro de formação direcionado a técnicos e profissionais da área da saúde e das ciências sociais e humanas, vocacionado para as doenças ligadas ao foro neurológico; um centro de apoio ao cuidador e um centro de apoio e integração na comunidade. Terá ainda um jardim terapêutico e uma vivenda domótica, que consiste numa casa onde se pretende trabalhar com as pessoas com défice cognitivo e adaptá-las ao contexto de habitação, com todas as limitações cognitivas que possam ter.

Dispõe ainda de uma unidade hospitalar com capacidade para 28 camas, que assenta em dois objetivos: “a integração de pessoas sem retaguarda familiar e o acolhimento de pessoas de diferentes pontos do país que queiram ou precisem de fazer alguns tratamentos a nível de neurointervenção ou neuroreabilitação, durante o período de tratamento”.

De referir que a Câmara Municipal de Gaia ajudou a desenhar e a pensar as intervenções exteriores, ao nível da criação do jardim terapêutico e ao nível financeiro.

O Complexo de Neurointervenção da Cruz Vermelha Portuguesa foi inaugurado na quarta-feira pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e do presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George.

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