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Primeiras doses das vacinas contra a Covid-19 podem chegar a Portugal em dezembro

Primeiras doses das vacinas contra a Covid-19 podem chegar a Portugal em dezembro

Portugal vai receber 6,9 milhões de vacinas contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca, se a vacina se revelar eficaz face ao novo coronavírus. A primeira remessa, de 690 mil vacinas, pode chegar já em dezembro, adiantou a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) à TSF.

Portugal tem direito a 6,9 milhões de vacinas que combatam a Covid-19, no âmbito do lote de 300 milhões de vacinas que foi reservado pela União Europeia à farmacêutica AstraZeneca, caso as mesmas se revelem eficazes contra o novo coronavírus.

“Portugal é um dos países europeus que irá beneficiar desta aquisição conjunta”, considera o Infarmed, acrescentando que estão em curso “outros processos de negociação para a aquisição de vacinas para a Covid-19”. “Com esta adesão, e uma vez que as vacinas serão distribuídas proporcionalmente, conforme o número de habitantes por país, Portugal receberá um total de 6,9 milhões de vacinas, distribuídas a partir de dezembro, com uma primeira aquisição de cerca de 690 mil vacinas”, diz o Infarmed.

Segundo o Observador, a candidata a vacina da AstraZeneca já se encontra na Fase II/III de ensaios clínicos em larga escala, depois de ter tido resultados promissores na Fase I/II no que toca à segurança e à imunogenicidade.

Jovens estão cada vez mais na origem de surtos de Covid-19

O alerta vem da Organização Mundial da Saúde (OMS). “A pandemia está a mudar. Pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos estão cada vez mais na raiz da ameaça”, afirmou quarta-feira Takeshi Kasai, diretor da região do Pacífico Ocidental da Organização.

“Na região da Ásia-Pacífico, a doença é atualmente disseminada por jovens que, às vezes, não sabem que estão infetados”, disse o responsável, destacando que este papel dos jovens, especialmente daqueles que viajam nas férias, também foi detetado na Europa e, sobretudo, em Itália.

De acordo com um estudo de investigadores do Hospital Pediátrico e do Hospital Geral de Massachusetts, Estados Unidos, as crianças infetadas têm um nível significativamente mais elevado de vírus nas vias respiratórias do que os adultos hospitalizados nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) para tratamento de covid-19, o que mostra que têm um papel mais importante na propagação comunitária do vírus do que se julgava.

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Lael Yonker, autor principal do estudo, sublinha que a transmissibilidade ou riscode contágio é maior quando há uma elevada carga viral, e que mesmo quando as crianças apresentam sintomas típicos de covid-19, como febre, tosse ou corrimento nasal, nem sempre é fácil um diagnóstico preciso porque são sintomas comuns das doenças infantis. 

A investigação examinou também a resposta à doença de crianças infetadas, tendo-se concluído que as crianças não estão imunes à infeção.

“Durante esta pandemia da covid-19 examinámos principalmente pessoas sintomáticas, pelo que chegámos à conclusão errada de que a grande maioria das pessoas infetadas são adultos. No entanto, os nossos resultados mostram que as crianças não estão protegidas contra este vírus. Não devemos descurar as crianças como potenciais propagadores do vírus”, advertiu Alessio Fasano, outro dos autores do estudo. 

Segundo a agência Lusa, os investigadores notam que embora as crianças com covid-19 não sejam tão suscetíveis de ficar gravemente doentes como os adultos, como portadores assintomáticos, ou portadores com poucos sintomas, ao frequentarem a escola podem espalhar a infeção e levar o vírus para as suas casas.

O estudo analisou também a questão de as crianças terem um menor número de recetores imunitários, o que as tornaria mais suscetíveis à infeção ou gravemente doentes. Mas os investigadores defendem que as crianças podem transportar uma carga viral elevada, o que as torna mais contagiosas, independentemente da sua suscetibilidade ao desenvolvimento da covid-19. 

De referir que a pandemia de covid-19 já provocou mais de 780.000 mortos e infetou mais de 22,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. 

Em Portugal, e de acordo com o boletim de quarta-feira da Direção-Geral da Saúde, morreram 1.786 pessoas das 54.701 confirmadas como infetadas.

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