Deram entrada na Câmara do Porto 98 processos de licenciamento para novos empreendimentos turísticos, dos quais 84 são hotéis, a maior parte deles localizados no centro histórico.
No primeiro semestre de 2020 manteve-se a aposta no setor hoteleiro, estando a decorrer 111 processos de licenciamento de empreendimentos turísticos, dos quais 88% destinam-se a novas unidades. Os dados constam do boletim estatístico de julho de 2020, consultado pela Agência Lusa e citado pelo Diário Económico.
Segundo a autarquia, e de acordo com os órgãos de comunicação referidos, dos 98 processos para novos empreendimentos turísticos, 23% estão em curso, 29% tem projeto de arquitetura aprovado, 9% já tem decisão final e nos restantes 39% decorre o prazo do alvará de obras.
Dos 98 processos de licenciamento, 84 dizem respeito a hotéis, 13 a apartamentos turísticos e apenas um a turismo de habitação.
A informação recolhida mostra que 86% dos processos são para hotéis, com a aposta a concentrar-se principalmente em unidades de quatro estrelas (52%) e cinco estrelas (19%), representando 82% das novas unidades hoteleiras previstas na cidade.
Estes projetos poderão representar um investimento estimado de quase 193 milhões de euros, aponta o documento que tem como objetivo monitorizar e caracterizar o licenciamento de empreendimentos turísticos, documentando a perspetiva de crescimento da oferta na cidade do Porto.
A concretização dos processos em curso para novos empreendimentos turísticos permitirá um aumento de 84% da oferta hoteleira na cidade, passando de 117 para 215 unidades, indicam os dados do boletim de julho.
A capacidade de alojamento passará assim das atuais 13.761 para 21.488 camas, um crescimento de 56%.
Os novos empreendimentos turísticos vêm aumentar a oferta com especial incidência nas freguesias de Santo Ildefonso (33%), Cedofeita (12%), Bonfim (11%) e Sé (11%), que representam 67% do total das novas unidades hoteleiras previstas. Em Aldoar não existe, nem está previsto, qualquer empreendimento turístico.
No centro da cidade, estes novos empreendimentos localizam-se essencialmente nos Aliados (seis), Gonçalo Cristóvão (seis), Bonjardim (cinco), Santa Catarina (quatro), para além de D. João IV (três), Infante D. Henrique (três), e por fim, Alexandre Herculano, Duque de Loulé, Entreparedes, Flores, Monchique e S. João com dois empreendimentos cada.
Ainda segundo a Lusa, estas artérias poderão concentrar 40% do total da oferta hoteleira prevista.
De referir que os dados do boletim são suportados pelos elementos constantes nos processos em curso no Departamento Municipal de Gestão Urbanística e na informação disponível no Portal do Turismo de Portugal – Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos (RNET).