“Matosinhos merece alguém a tempo inteiro. E não tenho condições de saúde para continuar”, confirmou esta segunda-feira, ao JN, o autarca independente Guilherme Pinto, que sofre de doença prolongada.
A situação, delicada, esteve na origem da decisão. “Por entender que Matosinhos e o projeto que, com grande honra”, liderou durante 11 anos “merecem um presidente a tempo inteiro e não alguém que hoje está diminuído nas suas capacidades físicas, escreveu o ainda presidente da Câmara na carta de renúncia que entregou ao presidente da Assembleia Municipal e que produz efeitos a partir do dia 1 de fevereiro “.
O autarca diz ainda esperar que os matosinhenses “possam apreciar o trabalho” que, “para eles”, as equipas lideradas por Guilherme Pinto tiveram ocasião de concretizar.
Para além da presidência da autarquia, Guilherme Pinto apresentou também esta segunda-feira a demissão dos diversos cargos que desempenhava, como a presidência do Fórum Europeu de Segurança Urbana, da presidência do Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades e Escolas de Segunda Oportunidade e da presidência da Casa da Arquitetura.
No dia 1 de fevereiro, a presidência da Câmara será assumida pelo atual vice-presidente, Eduardo Pinheiro. A renúncia de Guilherme Pinto implicará ainda a subida à vereação do sétimo da lista eleita pelo grupo de independentes nas autárquicas de 2013, Tiago Maia, que assume, assim, o pelouro do Desporto, até aqui sob a alçada do presidente.
Entretanto, Guilherme Pinto encabeça a comissão de honra da candidatura da socialista Salgueiro à Câmara de Matosinhos, que resultou de um entendimento entre os independentes e o PS.
