Há quem treine para fazer a volta à França. Há quem treine para fazer a volta à Espanha. Daniel Rodrigues prefere ir mais longe e fazer a volta à África. O fotógrafo da Póvoa de Varzim, que chegou a assinar uma reportagem, em 2018, no emblemático “New York Times”, percorre o continente africano de bicicleta, há quase um mês.
11 de junho de 2023. Foi o dia em que Daniel Rodrigues começou a “dar ao pedal”, num projeto que já vem muito antes dessa data. Fruto da pandemia, que forçou os planos de Daniel a serem adiados, o fotógrafo poveiro decidiu reformular a ideia e, tal como cita o Jornal de Notícias (JN), resolveu “ligar o projeto à parte ecológica”, pedalando numa bicicleta elétrica, com o intuito de consciencializar para as alterações climáticas.
Numa iniciativa admirável, é importante salientar que Daniel está habituado a grandes marcos. O fotojornalista foi premiado, em 2013, com uma ilustre distinção do “World Press Photo”, relativa a uma fotografia feita na Guiné-Bissau, aquando da sua participação na Missão Dulombi, de cariz humanitário.
Neste regresso a África, são 11 os países que Daniel se propôs a cruzar em duas rodas, num total de cerca de 14 mil quilómetros. Numa viagem que começa na África do Sul e terminará no Egito, a chegada à Póvoa está prevista para daqui a sete a meses, onde os verbos principais são claros: aventurar, fotografar e consciencializar.
“O objetivo é atravessar África de bicicleta elétrica para incentivar as pessoas a utilizar este meio de transporte. Se consigo atravessar África neste veículo, qualquer pessoa pode muito bem ir para o trabalho de bicicleta elétrica e reduzir a pegada ecológica”, refere Daniel Rodrigues, tal como cita o JN.
Nesta viagem que tem tanto de aventureira como de inspiradora, o fotojornalista da Póvoa de Varzim faz questão de levar Portugal consigo. Como tal, dedicou-se a “procurar uma bicicleta que fosse 100% portuguesa”, como cita o JN, que acabou por encontrar em Serzedo, Vila Nova de Gaia.
Por terras africanas, Daniel Rodrigues continua a pedalar pelo ambiente, numa iniciativa que parte da necessidade, que o próprio considera cada vez mais evidente, de alguém ter de “fazer alguma coisa”, tal como cita o meio de informação anteriormente referido.
