Os portugueses estão a ganhar menos do que há 10 anos. A garantia é dada pela Fixando, depois de um inquérito realizado a 16.280 utilizadores da plataforma, entre os dias 21 e 26 de abril.
De acordo com os dados divulgados, 53% dos inquiridos revelam que ganhavam mais em 2011, ano em que auferiam, em média, mais 115 euros mensais.
Mesmo aqueles que recebem mais do que o salário mínimo atual de 665 euros, “encontram dificuldade em gerir as finanças”. Além disso, 69% da amostra considera ainda “absolutamente injusto o ordenado que recebe, tendo em conta as funções que desempenha”.
Por sua vez, 46% revela que se encontra numa “péssima situação laboral”.
O estudo realizado mostrou ainda que, ao longo da última década, “34% nunca mudou de emprego”. Dos que mudaram, “25% mudou por ambicionar mais, 15% por ter sido despedido e 12% devido a falência do empregador”.
Já no que respeita à perceção da situação laboral em Portugal, 61% dos inquiridos atribui uma “avaliação extremamente negativa”, enquanto 69% considera os “atuais salários muito injustos”.
Contudo, os portugueses parecem ainda depositar alguma esperança no futuro, com 52% a admitir acreditar que a situação laboral no país irá melhorar nos próximos dois anos, embora “sem expectativas de aumentos superiores a 10%.
Devido ao “cenário pouco favorável”, 57% dos inquiridos afirmou que já considerou trabalhar no estrangeiro. “Caso se viesse a verificar, elevaria sobremaneira a taxa de emigração por razões laborais/salariais, a exemplo do que já aconteceu com o abandono do país por parte de quase toda uma geração – os millennials”, completa a nota divulgada.