PUB
Sogrape - Mateus Rosé

Português descobre como potenciar a quimioterapia

Os vasos sanguíneos que irrigam o tumor são naturalmente irregulares, frágeis e disfuncionais, o que dificulta a condução dos fármacos até às células cancerosas e promove a disseminação das células cancerosas e a formação de metástases.
O que este estudo veio demonstrar foi que, quando a atividade de PHD2 foi reduzida nas células endoteliais dos tumores, a rede vascular tumoral estabilizou e os agentes quimioterápicos (neste estudo, a cisplatina e a doxorubicina) foram distribuídos mais uniformemente por todo o tumor, aumentando a sua ação. Assim, os tumores ficaram mais pequenos e ainda mais sensíveis a doses mais baixas dos fármacos, uma mais-valia na administração de drogas com elevada toxicidade. A inibição do sensor de oxigénio PHD2 resultou ainda na neutralização dos efeitos secundários da quimioterapia, protegendo a função renal e a função cardíaca, geralmente as mais afetadas pelo uso dos fármacos em questão. Os investigadores perceberam que esta proteção resultava de um aumento das defesas anti-oxidantes, determinantes para evitar lesões nos órgãos vitais durante os tratamentos de quimioterapia.
Este estudo demonstra pela primeira vez uma dupla estratégia de combate ao cancro: a redução do tumor e das metástases, e a redução significativa dos efeitos secundários associados à quimioterapia.
O passo seguinte será o desenvolvimento de inibidores específicos da molécula PHD2 que permitam a sua aplicação na prática clínica.

PUBLICIDADE

PUB
www.pingodoce.pt/pingodoce-institucional/revista-sabe-bem/uma-pascoa-saborosa-com-a-sabe-bem/?utm_source=vivaporto&utm_medium=banner&utm_term=banner&utm_content=0324-sabebem78&utm_campaign=sabebem