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Portugal regista “quebra histórica” de nascimentos

Portugal regista “quebra histórica” de nascimentos

Os números da natalidade em Portugal têm vindo a baixar ao longo dos últimos anos, mas nunca o país assistiu a uma quebra tão significativa como no último ano. De acordo com os dados divulgados pelo Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), em 2021 foram estudados apenas 79.217 bebés, no âmbito do “teste do pezinho”, tendo sido a primeira vez que se atingiu “um número de nascimentos tão baixo”.

As declarações foram proferidas pela demógrafa Maria João Valente Rosa, em entrevista à Agência Lusa, no dia em que foi conhecido o número de bebés rastreados em Portugal durante o ano passado.

Em causa está um “recorde histórico” da quebra de nascimentos, que pode estar relacionada com a emergência da pandemia.

Entre os principais fatores que, na opinião da docente, poderá ter pesado na decisão de ter filhos estão a “incerteza associada à crise provocada pela pandemia, em termos laborais, mas também sanitários e o medo de contrair covid e de não ter uma assistência médica adequada”.

A estas fatores poderão ter-se juntado ainda as dúvidas com os “problemas com as visitas nos hospitais e no acompanhamento dos partos”.

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De acordo com Maria João Valente Rosa, os nascimentos já estavam “a baixar muito”. Contudo, nunca se verificaram “valores tão baixos”, alertou, fazendo referência aos registos de dados obtidos desde 1911.

“Este período foi muito marcado por situações altamente difíceis. Nunca Portugal registou valores tão baixos na sua história”, reiterou, realçando o caminho para um “recorde histórico”.

Importante referir que, em comparação com os registos de nascimentos de 2020 (85.456), Portugal registou, em 2021, menos 6.239 bebés. 

A diminuição de nascimentos em Portugal, aliada ao aumento do número de óbitos, poderá colocar o país com “saldo natural de população extremamente negativo”, completou a especialista.

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