Esta quinta-feira, 19 de outubro, o Museu do Carro Elétrico carimbou o primeiro dia da 41.ª edição do Portugal Fashion no Porto. Este ficou marcado por dez desfiles de jovens criadores de moda, do “Espaço Bloom”, uma plataforma dedicada a estilistas emergentes.
Depois de ter passado por Lisboa no sábado, com desfiles de Luís Onofre, Pedro Pedro, Carlos Gil e Alves/Gonçalves, o primeiro dia do evento no Porto começou esta quinta-feira focado nos trabalhos de criadores emergentes, com propostas de oito ‘designers’ e de 12 estudantes de seis escolas de moda.
“É muito importante não só dar aos estudantes a oportunidade de apresentarem publicamente as suas criações, como contribuir para a sua formação proporcionando-lhes uma experiência profissional ímpar num grande evento de moda. Por isso, foi com muito interesse e satisfação que alargámos para seis o número de escolas de moda participantes”, reforça o presidente da ANJE, Adelino Costa Matos. E acrescenta: “estas seis escolas garantem uma maior amplitude geográfica ao Bloom”. 
Estudantes da Escola de Moda do Porto (EMP) e da Cenatex estrearam a passerelle, antes da vez da Escola Superior de Artes Aplicadas, do Politécnico de Castelo Branco, e da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, pelas 13h00.
Pelas 14h00, a Escola Superior de Artes e Design e a Modatex encerraram o ciclo das escolas, seguindo-se Maria Kobrock, que apresentou “Ode to Matisse”, e Joana Braga, com “Cat Fight”, pelas 16h00.
A tarde continuou com David Catalán, que se inspirou nas fardas de trabalhadores industriais norte-americanos nos anos 1950 para questionar o fenómeno da gentrificação no novo trabalho, antes de Inês Torcato apresentar, pelas 18h00, a coleção “Self-portrait (Mirror)”.
Uma hora depois, os trabalhos de Olímpia Davide, criados a partir das “memórias” da autora, ocuparam as atenções do público, com Beatriz Bettencourt a trazer, já depois do jantar, a coleção “Perfect Strangers”, uma proposta “feminina de cariz citadino e gráfico” para as estações mais quentes.
“Raving Iran” foi a proposta de Nycole, apresentada pelas 22h00 desta quinta-feira e inspirada na mistura entre a cultura iraniana e a europeia, com “detalhes militares” a contrastarem com “peças desportivas”, antes de pertencer a Sara Maia o último desfile, pelas 23h00.
Foi estimulante assistir ao caráter heterógeneo, mas sempre muito vivo das apresentações. Serão mesmo as palavras-chave para definição desta edição do Portugal Fashion na cidade Invicta.
Refira-se que o projeto Bloom foi criado pelo Portugal Fashion em outubro de 2010, na 27ª edição do evento, com o intuito de apoiar, divulgar e valorizar, nacional e internacionalmente, jovens criadores portugueses.
A celebração da moda ainda não terminou…
Esta sexta-feira, o evento muda-se para a Alfândega do Porto, com destaque para os desfiles de Anabela Baldaque, Estelita Mendonça ou Diogo Miranda, antes de, no sábado, serem apresentadas as propostas de Katty Xiomara, Luís Buchinho ou Alexandra Moura.
“É uma edição do Portugal Fashion com propostas bastante diversificadas, desde a moda de autor às linhas mais comerciais da indústria de vestuário, sem esquecer a irreverência dos jovens criadores. Esta heterogeneidade dos desfiles reflete o dinamismo, versatilidade e modernidade da moda portuguesa e da fileira têxtil, que continuam a somar êxitos internacionais quer em termos de notoriedade em passerelle, quer em termos de exportações”, realça Adelino Costa Matos.
O circuito do Portugal Fashion, que termina no Porto, passou antes pelas Semanas da Moda de Nova Iorque, Paris, Londres, Milão.
O Portugal Fashion 2015-2017 é financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, com fundos provenientes da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e que teve um fundo total aprovado de oito milhões para o triénio 2015/2017.
