Em entrevista à Lusa, o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, sublinhou que os dois países “mantêm uma colaboração estreita no seio da UE para que as imprescindíveis reformas nacionais e o saneamento das nossas contas públicas sejam acompanhadas por parte da UE também com reformas europeias e medidas impulsoras do crescimento e do emprego, especialmente do emprego jovem”. A estratégia inclui ainda a correção da fragmentação dos mercados financeiros para que o financiamento das economias volte a fluir.
O dirigente espanhol realçou também que a política não é o problema mas a solução para a crise económica e que a contestação social às medidas demonstra a “boa saúde” das democracias. “É impossível negar que a crise que vivemos tem tido um impacto social tremendo. É lógico – e sintomático da boa saúde das nossas democracias – que exista uma contestação social a muitas das medidas políticas que se tomaram para permitir a saída da crise, sobre bases sólidas e estáveis”, reconheceu. Ainda assim, afirmou ter a “firme convicção de que a política não é o problema, mas a solução para a crise atual, que exige grandes esforços e sacrifícios para permitir o regresso, o mais rapidamente possível, aos níveis de prosperidade e de emprego que as nossas sociedades merecem”.
