Numa altura em que 72% da população portuguesa tem a vacina contra a covid-19 completa e mais de 80% recebeu já a primeira dose, começa a questionar-se a possibilidade da administração de uma terceira inoculação.
Na última quarta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu essa possibilidade, adiantando que a administração em causa deverá ser feita a dois grupos distintos. “Para os imunosuprimidos é uma outra oportunidade de ficarem imunizados; para as pessoas que tiveram a sua vacinação, mas porque são velhos, doentes ou terem outra condição que não os deixou duradouramente protegidos, está a ser equacionado um reforço”, sublinhou.
De acordo com a responsável, os estudos estão a ser realizados e têm “muito a ver com a duração da imunidade”, reiterando que, no caso dos imunosuprimidos, um grupo bastante restrito, está a ser equacionada “outra oportunidade de se vacinarem”, não se tratando de um reforço.
Por sua vez, no caso da restante população está previsto um reforço. O objetivo, explicou, é “pegar na imunidade que já têm das outras duas doses e estimular essa imunidade”.
“Quantas mais pessoas estiverem vacinadas, mais nós conseguimos aliviar as medidas e a nossa vida se tornará normal ou mais parecida com o que era. Disse parecida e não igual, porque ainda não é altura de fazermos tudo, mas é altura de nós próprios percebermos o que é que podemos fazer no dia a dia para diminuir o risco, porque ainda não é zero”, acrescentou ainda Graças Freitas, a propósito do quadro positivo de vacinação em Portugal.