O Festival Internacional de Cinema, Porto/Post/Doc, volta ao Rivoli e ao Passos Manuel no sábado, 26 de novembro, e prolonga-se até ao dia 4 de dezembro. Esta terceira edição apresenta cerca de uma centena de filmes, provenientes de mais de três dezenas de países.
O “cinema do real”, as fronteiras entre o documentário e a ficção, voltam a ser o centro do festival que inclui na programação deste ano a Competição Internacional, a School Trip, projecto educativo que envolve filmes e workshops, e, ainda, o Festival o Sensory Ethnographic Lab (SEL), espaço experimental de cinema da Universidade de Harvard.
Serão, também, “exibidos filmes poéticos da cineasta checa Jana Ševcíková, que tem investigado certas comunidades esquecidas do Leste Europeu”, de acordo com a organização do festival portuense.
Como não poderia deixar de ser, o programa cinematográfico será contemplado pelos debates do Fórum do Real, que decorrerão no Café-Concerto do Rivoli na sexta, dia 2, sobre a ideia de cinema sensorial, e que contará com a presença de realizadores como Joana Pimenta, Catarina Alves Costa, Salomé Lamas ou Gastón Solnicki, entre outros.
Nesta terceira edição haverá também um espaço dedicado às crianças e aos jovens, que incluirá sessões de cinema e oficinas.
Um dos pontos mais importantes da programação do Porto/Post/Doc é parte dedicada à Competição, composta por treze filmes produzidos no último ano.
Outras secções como Transmission (com diversos filmes onde a música é a protagonista, mas também com festas e concertos), Cinefiesta (mais uma seleção de excelentes documentários espanhóis), Cinema Falado (filmes relacionados com cineastas portugueses ou temáticas da cultura portuguesa), Working Class Heroes (mais uma sessão da retrospetiva in progress do cineasta americano Lionel Rogosin) e Doc is the New Black (um retrato cáustico e real de John Casablancas, personagem inventor do conceito das supermodelos) completarão os restantes dias de festival. 
Este ano, o festival dá o tiro de partida com o documentário de Eryk Rocha “Cinema Novo”, seguido de um concerto da artista eletrónica suíça Aisha Devi. Haverá, ainda, extensões do evento até ao espaço Maus Hábitos e à Cave 45.
Por exemplo, depois do dia de estreia, o Passos Manuel recebe, dia 28, a exibição do documentário “Having a Cigarette with Álvaro Siza”, da autoria do realizador alemão Iain Dilthey, que é um testemunho do prémio Pritzker em discurso direto, numa conversa no seu atelier a que se junta Eduardo Souto Moura.
Um dos grandes momentos desta terceira edição do festival dá-se no dia 3, no Rivoli, na mesma sessão em que será anunciado o grande vencedor da competição internacional, com a exibição de “Bowie, l’Homme Cent Visages ou le Fantôme d’ Hérouville”, um filme de Christophe Conte e Gaëtan Chataignie.
Na apresentação da edição deste ano do Porto/Post/Doc, o diretor do festival, Dario Oliveira, disse que “há um trabalho a fazer na fidelização de público” e apontou como meta para esta edição chegar aos dez mil espectadores, número acima dos sete mil verificados no ano passado.
O programa completo do festival pode ser consultado em http://www.portopostdoc.com/home/festival/2016/programa-diario.
