Com um novo formato, baseado no conceito de fusão, a 26.ª PortoJóia – Feira Internacional de Joalharia, Ouriveria e Relojoaria, que decorrerá entre os dias 24 e 27 de setembro, na Exponor, em Matosinhos, chegará com novidades.
Sem deixar de ser “a grande montra anual do saber-fazer e da qualidade da indústria nacional de ourivesaria e joalharia”, o evento reforçará a sua ligação à moda, ao calçado, à marroquinaria e ao ‘packaging’. “Num setor onde o design é fator crítico de sucesso para o desenvolvimento do negócio, faz todo o sentido uma aproximação às indústrias relacionadas com a moda – como o calçado e vestuário – e de outras áreas, como é o caso da valorização do ‘packaging’, nomeadamente com garrafas de vinho”, sublinharam os organizadores da única feira portuguesa do género. “Com o formato da 26.ª edição da PortoJóia, queremos potenciar sinergias que decorrem da aproximação das competências e propostas de vários setores”, constatou Amélia Monteiro, diretora do evento.
Reforçar a diversidade das propostas apresentadas
Um dos elementos distintivos do certame deste ano será, assim, a aposta em cinco novas áreas de exposição: “Fashion&Decor” (onde se poderá conhecer marcas de ourivesaria, joalharia e relojoaria com uma abordagem contemporânea e de forte ligação à área da moda); “Essentials” (espaço dedicado a todos os serviços e produtos complementares à ourivesaria e joalharia); “Iconic” (direcionado para mostra de marcas de gama média-alta de ourivesaria e joalharia nacional); “Lifestyle” (zona dedicada a marcas de nicho) e “Studio” (destinado aos novos criadores e à joalharia de autor).
Mas a feira incluirá ainda encontros de negócios (marcados para 22 e 23 de setembro), com o apoio da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), uma zona inteiramente dedicada às novas tendências e o prémio PortoJóia Design, numa lógica de “refrescar o setor e captar as novas gerações”. No âmbito do concurso, os alunos de design, ourivesaria e joalharia foram desafiados a desenvolver uma peça exclusiva, inspirada no tema da feira: “Luz”. O vencedor conquistará uma participação exclusiva na revista Vogue Gioiello.
E como “a moda já não vive sem as jóias”, serão lançadas colaborações exclusivas com designers nacionais. “Iremos potenciar o encontro entre designers de vestuário, calçado e jóias com o objetivo de criar produtos diferenciadores e novos para o mercado”, esclareceu a organização. Ao todo, são 18 as empresas e marcas que aceitaram o repto lançado pela direção da iniciativa para a apresentação de projetos de fusão. Entre eles estão, por exemplo, Micaela Oliveira e Eugénio Campos; Katty Xiomara e Bruno da Rocha; Fenabel e Manuel Alcino; Latitid e Our Sins e ainda Taylor’s e Rare. As propostas poderão ser apreciadas na zona “trendy” do certame (dedicada às tendências). Ao rol de novidades junta-se ainda a distribuição exclusiva de cinco mil exemplares da Revista Portojóia, em parceria com a Editorial MIC. A publicação dará a conhecer todas as atividades da feira, com informação completa sobre os expositores e as suas mais recentes coleções.
Academia PortoJóia apoia três jovens joalheiros
Para acelerar o processo de afirmação dos novos talentos da joalharia portuguesa, o certame celebrou uma parceria com o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) para o lançamento da Academia PortoJóia. “Desafiamos toda a comunidade criativa a submeter uma ideia original ou modelo de negócio, que resultará num pitch presencial de 15 minutos na PortoJóia 2015 – Exponor. A ideia ou negócio deverá resultar num produto/serviço de ourivesaria, joalharia ou relojoaria. Os três melhores projetos terão acesso a uma formação de seis meses na área da gestão, marketing e comunicação no UPTEC com mentoria especializada de empresários do setor”, explicou.
As candidaturas estendem-se até ao dia 1 de setembro, mediante inscrição no site da feira. Depois, os respetivos promotores terão de apresentar o seu projeto. “Ao longo de 25 edições, temos premiado talentos emergentes e aproximado os jovens criadores da indústria. No entanto, vamos perdendo o contacto com eles, como o passar do tempo, e raramente conseguimos acompanhar o processo de empresarialização das suas ideias”, referiu Amélia Monteiro. Para a responsável, o que falta a muitos desses jovens é exatamente o conhecimento de ferramentas de gestão, marketing e comunicação, que são decisivas para o êxito do negócio.
Texto: Mariana Albuquerque
