Um estudo, apresentado esta quinta-feira na Alfândega do Porto, revela que a maioria dos compradores de habitação para fins residenciais na cidade do Porto são clientes nacionais e apenas 16% são estrangeiros.
Elaborado pela promotora Avenue, em colaboração com a Predibisa, o estudo, feito a partir do levantamento da oferta dos últimos três anos, incidiu em 247 empreendimentos, num total de 2.871 frações, em cinco zonas diferentes da cidade – centro, zona ribeirinha, zona oriental, zona ocidental, e ‘Innovation District’ (Paranhos e Ramalde), informou João Nuno Magalhães, diretor geral da Predibisa, citado pelo portal de notícias da Câmara do Porto.
O relatório conclui que “o mercado residencial da cidade capta apenas 16% de compradores internacionais. Ou seja, a maior parte dos compradores são nacionais”.
O valor médio por m2 no concelho do Porto é de 3.617€, com uma maior incidência de oferta de T1: cerca de 35% das habitações têm esta tipologia.
“O Centro é a zona que concentra mais empreendimentos residenciais do Porto, com 117 para oferta e maior concentração na zona da Cedofeita”, aponta ainda o estudo.
Segundo a revista Visão, a envolvente à Avenida dos Aliados atrai a maior parte dos novos projetos residenciais (47%, ou seja, 117 imóveis). É também a zona com o valor médio mais elevado com 4.977€/m2, seguido da zona Ocidental (Aldoar/Foz do Douro/Nevogilde) com um preço médio de 4,790€/m2, e da Riverside (Lordelo de Ouro/Massarelos), que regista 4.203€/m2. O Centro concentra 85% de todo o investimento estrangeiro no Porto.
O estudo antecipa que o Porto vai continuar a ver o seu mercado habitacional em evolução: no período 2020 a 2022, deverão estar no mercado cerca de 2.600 frações, mantendo assim uma oferta em linha com os anos anteriores.
