De acordo com Matilde Alves, há 11 anos, o parque habitacional encontrava-se em “profunda degradação” e havia três regimes de renda social diferentes e também “dispersão de competências”. Desta forma, sublinhou, o executivo decidiu partir em busca de “um novo paradigma”, de modo a reorganizar o setor e a “uniformizar as rendas”. Na reunião de ontem, o Bloco de Esquerda (BE) apresentou uma proposta com seis recomendações intitulada “Habitação na cidade do Porto: uma história de violência social”. As recomendações foram votadas uma a uma e três delas foram aprovadas por unanimidade, mas só após sofrerem alguns retoques na sua redação. A primeira delas recomenda à Câmara Municipal “que estude a necessidade de mais alojamentos de arrendamento social, através da recuperação para fins habitacionais dos prédios propriedade do município”. A segunda defende que as juntas de freguesia possam dar o seu “parecer” sobre os despejos administrativos. PSD, CDS, CDU, PS e BE aprovaram também a recomendação bloquista para a criação nos bairros municipais de “centros de animação sócio culturais”.
