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Porto inaugura em breve o maior interface de transportes da região Norte

Porto inaugura em breve o maior interface de transportes da região Norte

Os trabalhos do Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), um projeto verdadeiramente “revolucionário” para os transportes e para a mobilidade no Porto, cuja empreitada começou a dar os primeiros passos em meados de setembro de 2019, decorrem a muito bom ritmo, apontando a Câmara Municipal a sua conclusão para o último trimestre do ano.

“Neste momento, a estrutura do edifício está praticamente concluída, estando em curso os trabalhos de instalações técnicas e acabamentos. Os trabalhos de arruamentos encontram-se já bastante desenvolvidos e ao nível dos espaços verdes estamos na fase de modelação dos terrenos e preparação dos solos para as plantações”, adiantou à VIVA! fonte da autarquia.

Em causa, recorde-se, está a construção de uma infraestrutura única e revolucionária não só para a cidade do Porto mas também para a região Norte e para o país, que integra a construção de “uma interface polivalente, a reorganização territorial, viária e urbana do Vale de Campanhã e a criação de um parque natural, que se expande por todo o perímetro da área de intervenção”.

Com este projeto, assinado pelo arquiteto Nuno Brandão Costa, os cidadãos terão ao seu dispor uma “acessibilidade multifuncional” vanguardista, que, além de reinserir os vários equipamentos e unidades urbanas atualmente dispersos, permitirá “melhorar exponencialmente” as acessibilidades dos mesmos.

O equipamento em construção perfaz uma área bruta total de edificação de cerca de 24 mil metros quadrados, que integra áreas utilitárias de funcionamento viário (parque de estacionamento, terminal de camionagem, estação de serviço, paragem kiss & ride, parque de bicicletas, praça de táxis), áreas complementares de apoio ao público, áreas administrativas e de gestão do edifício e zonas de pessoal e ainda áreas técnicas e compartimentos infraestruturais, considerados pelo município “essenciais ao bom funcionamento de um equipamento desta natureza e complexidade técnico-funcional”.

Contudo, as potencialidades do Terminal Intermodal de Campanhã vão muito além de um projeto capaz de promover a mudança de paradigma da mobilidade coletiva. A obra dará, ainda, origem a uma área ajardinada com um total de 4,6 hectares, o que corresponde, atualmente, à maior cobertura verde da cidade do Porto, sendo, por isso, o equipamento igualmente revolucionário no campo da sustentabilidade ambiental. Tornar-se-á o “maior polo de absorção de carbono na cidade”, como salientou a autarquia liderada por Rui Moreira, aquando do avanço das obras no terreno.

“O projeto assenta fortemente na disseminação de um manto verde, de dimensão e escala considerável, que cobre toda a área de equipamento construída à cota baixa e estende-se como uma mancha orgânica e arbórea, até aos limites da área de intervenção. Este tecido verde ocupa todos os vazios delimitados pelas áreas edificadas e em edificação e os intervalos entre as infraestruturas viárias existentes e em construção, de modo a assumir uma presença física inequívoca e ambientalmente impactante, quer do ponto de vista da escala local do sítio, quer do ponto de vista panorâmico”, destacou a Câmara Municipal do Porto.

O Terminal Intermodal de Campanhã tornar-se-á, em breve, o grande interface de transportes de primeiro nível do Porto e da região Norte. O município prevê que a infraestrutura “reconfigure a mobilidade da cidade” e permita retirar mil autocarros por dia do centro da cidade. Por sua vez, do ponto de vista ambiental, representará uma redução, a cinco anos, de 1.776 tep em termos de emissões GEE.

A intervenção tem um custo estimado de 13,6 milhões de euros, contemplando o valor inicial da obra, acrescido de trabalhos complementares e revisões de preços aprovados.

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Uma viagem ao interior do TIC

De acordo com a Câmara Municipal do Porto, o conjuntode espaços funcionais é agregado numa “grande nave estrutural, construída à cota mais baixa do terreno”. “O espaço constitui um grande e amplo pavilhão infraestrutural, de geometria resultante da adequação aos limites da área de construção, articulado com os movimentos de mobilidade mecânica e pedonal exigíveis, o parqueamento das diferentes escalas de meios de transporte e o conforto uniforme dos seus utilizadores”.

Trata-se de um “grande espaço público”, integralmente coberto, mas fortemente ventilado e iluminado, através de “grandes aberturas que se estabelecem estrategicamente nas suas superfícies, de modo a garantir o dimensionamento certo para a mobilidade do equipamento e a escala adequada para a sua ventilação natural e difusão lumínica”.

O espaço em causa é complementado por um outro, em mezanino, construído entre as vigas de suporte da nave do terminal de autocarros, integrando todas as áreas de apoio social e de orgânica do equipamento, acrescenta o município. A área está implantada à cota da linha férrea e lança “uma galeria coberta longitudinal”, passível de ser percorrida pedonalmente a duas cotas, que funciona como um dispositivo urbano que atribui à intervenção uma escala humana particular e cuja função constitui a de ligar fisicamente as duas entradas norte e sul do lado leste da Estação de Campanhã e cumprir a sua articulação vertical com o TIC.

“Este elemento arquitetónico linear porticado tem múltiplas funções, utilitárias e lúdicas: funciona como uma conduta de passagem e distribuição de infraestruturas elétricas, mecânicas e hidráulicas que servem todo o Terminal, constitui uma barreira acústica e visual à presença da linha férrea e estabelece a possibilidade de ligação pedonal abrigada entre as diversas utilidades do interface, bem como o desfrute visual da paisagem urbana, totalmente recomposta pelo enquadramento dado pela construção do parque urbano natural, que se estende por toda a área de intervenção”, completa.

De referir que a construção do Terminal se estende também aos equipamentos preexistentes, nomeadamente à Estação de Campanhã, onde se destacam os acessos aos cais de embarque da linha férrea e o acesso à estação de metro local, a articulação com equipamentos de impacto de escala local, designadamente o agrupamento industrial existente a sul, o tecido urbano expectante e desorganizado a nascente, a Quinta do Mitra no extremo norte do limite de intervenção e toda a reorganização viária obrigatória para reformular a circulação mecânica e pedonal, consequente da implantação da nova funcionalidade que o TIC irá provocar.

Por fim, o município destaque, ainda, a ligação à VCI, através do nó da Bonjóia e dos novos arruamentos delineados de forma a conectar de modo fluido e contínuo a saída da infraestrutura viária existente, a entrada e saída do TIC, a ligação ao tecido urbano a nascente, a articulação funcional com as fábricas existentes e o lançamento com a Rua do Freixo, que articula a entrada no centro da cidade.

A construção do Terminal Intermodal de Campanhã vai permitir a criação de oito cais de embarque de passageiros, 30 lugares para tempo de suporte (paragem de curta duração) de autocarros e parque com 230 lugares de estacionamento para ligeiros.

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