A homenagem à poeta galega Rosalía de Castro, nesta segunda feira, 14 de outubro, contou com a presença do presidente da Xunta da Galiza, Alfonso Rueda, que, acompanhado por Rui Moreira, depositou flores junto à estátua na Praça da Galiza. A celebração incluiu também leituras de poemas por Sofia Bodas de Carvalho e Chus Pato, honrando a contribuição de Rosalía de Castro para a literatura ibérica e galega.
Moreira salientou que a estátua, esculpida em 1954 por Barata Feyo, continua a ser um dos mais importantes marcos artísticos do Porto, evidenciando a profundidade emocional da poeta e o seu compromisso com a cultura galega. Rueda reforçou o valor cultural compartilhado entre a Galiza e o Porto, referindo-se ao monumento como um símbolo dos laços históricos que unem os dois povos.
Ao lado de representantes como o presidente do Parlamento da Galiza, Miguel Ángel Santalices Vieira, e o presidente da Fundação Rosalía de Castro, Anxo Angueira, Moreira expressou o desejo de manter viva a relação entre as regiões, enraizada não só na proximidade geográfica, mas numa herança cultural comum.
Para sublinhar esta ligação, uma figueira foi plantada nos Jardins do Palácio de Cristal. A escolha desta árvore não foi casual, já que se trata de uma referência à Casa-Museu de Rosalía de Castro, onde uma figueira similar permanece como símbolo da vida e da obra da poeta.
Moreira frisou ainda que a colaboração entre Porto e Galiza tem gerado oportunidades nas áreas de investimento, turismo, cultura e educação. Como exemplo, Rueda destacou o crescente interesse pela língua portuguesa entre os estudantes galegos, atualmente em torno de cinco mil, e agradeceu ao Instituto Camões pelo apoio neste intercâmbio cultural e académico.
No final da cerimónia, os presentes assistiram a uma performance musical na Capela de Carlos Alberto, onde o cantor galego Amancio Prada interpretou várias peças. Entre os convidados, encontravam-se também vereadores da Câmara do Porto e o presidente da CCDR-N, António Cunha.
