Um estudo, realizado pela Associação Porto Digital junto de mais de 83 mil utilizadores da rede wi-fi no Porto, revelou que a rede é utilizada maioritariamente em ruas e praças para aceder a informação sobre a cidade, nomeadamente sobre eventos culturais, trânsito e mobilidade.
O objetivo do estudo era avaliar como, quem e porquê recorre à rede wi-fi da cidade do Porto, de modo a fornecer informação que permitirá agora à autarquia melhorar e expandir aquela rede.
“A análise teve a duração de dois meses e os resultados deste trabalho serão usados no processo de desenvolvimento e expansão da rede que está a ser realizado pela Associação Porto Digital”, refere o seu administrador executivo, Paulo Calçada, citado pelo portal de notícias da autarquia portuense.
Este processo será realizado em duas fases e “deverá estar terminado durante o ano de 2020”.
Segundo explica o responsável, na primeira fase, iniciada em 2018, “foi feita uma completa reorganização e modernização da estrutura e equipamentos existentes, tendo desde já sido feito um investimento inicial na expansão da rede, nomeadamente na zona central da cidade e na zona das praias, em parceria com a Empresa Municipal Águas do Porto”. Segundo aponta o Porto., “Como resultado desta primeira fase do projeto, o número de novos dispositivos mensais ligados à rede quase que triplicou, tendo atingido um valor máximo de 140 mil novas ligações. Em termos de utilização mensal, o número de utilizadores, considerando os novos dispositivos e os dispositivos que se ligam regularmente, encontra-se perto dos 300 mil.”
As ruas e praças são os locais mais procurados para aceder à rede Wi-Fi. Os utilizadores procuram sobretudo informações sobre eventos culturais (45%), trânsito e mobilidade (32%), serviços públicos (25%) e comércio (20%). De salientar que cerca de 20% dos inquiridos admitiram utilizar a rede da Porto Digital para trabalhar e estudar. Os utilizadores valorizam sobretudo a velocidade (62%), a segurança e privacidade (31%) e a facilidade de ligação (23%).
Para além dos cidadãos do Porto, “registou-se igualmente uma crescente procura por parte de turistas, pelo que o projeto de expansão e melhoria vai contar com o apoio do Turismo de Portugal e da Associação de Turismo do Porto”, assinala a autarquia.
Na segunda fase do projeto, que será iniciada ainda em setembro, a rede implementará o conceito de “conetividade imersiva” e será feita uma aposta na “expansão significativa da cobertura e na disponibilização de serviços inovadores”.
