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Porto devia ser exemplo turístico para Lisboa? Especialistas dizem porquê

Porto devia ser exemplo turístico para Lisboa? Especialistas dizem porquê

No início deste ano, o Município do Porto apresentou uma estratégia inovadora para dispersar o fluxo turístico por diferentes zonas da cidade através da criação de oito quarteirões territoriais. Este plano visa gerir a pressão turística na cidade e equilibrar a qualidade de vida entre residentes e visitantes.

A vereadora do Turismo e da Internacionalização, Catarina Santos Cunha, explicou que a intenção é “colocar uma lupa sobre as diferentes cidades dentro da cidade”, evitando a concentração de turistas apenas no Centro Histórico do Porto e na Baixa (via Câmara do Porto).

Embora ainda não totalmente implementada, a estratégia já começa a inspirar outras cidades portuguesas. O portal de notícias “A Mensagem de Lisboa” sugere que este plano poderia ser aplicado na capital, com especialistas a concordar que seria uma excelente ideia.

Jorge Ferreira, professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, afirmou que Lisboa deveria ser promovida como um território que se estende a outros concelhos, incluindo a margem sul do Tejo.

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Jorge Ferreira destacou a importância de criar “pontos de atração” em diferentes áreas para equilibrar a presença de turistas e residentes, tal como acontece no Porto.

João Barreta, especialista em Gestão do Território e Urbanismo Comercial, concorda com esta abordagem e acrescenta que novos investimentos em Lisboa devem ser direcionados para outras zonas da cidade para dispersar a densidade turística.

Ambos os especialistas enfatizam a necessidade de um turismo integrador que equilibre as necessidades de visitantes, trabalhadores, investidores e residentes.

No Porto, a definição dos oito quarteirões territoriais inclui:

  1. Centro Histórico do Porto e Vila Nova de Gaia: um lugar de história e preservação do caráter singular.
  2. Baixa: uma área com identidade forte, oferta gastronómica diversa e vida noturna vibrante.
  3. Foz e Matosinhos Sul: a união do rio ao mar.
  4. Zona da Boavista, Campo Alegre e Marginal: rica em arquitetura, música e arte, e sede de empresas internacionais.
  5. Bonfim: um bairro jovem e irreverente que atrai mentes criativas.
  6. Lapa, República e Marquês: uma área histórica que cruza monumentos históricos e religiosos.
  7. Asprela, Arca d’Água, Carvalhido e Ramalde: um centro de investigação, ciência e conhecimento.
  8. Campanhã e Antas: uma zona onde o rural e o urbano se interseccionam, promovendo novas dinâmicas e renovação.
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