O “Porto de Tradição”, programa desenvolvido pela Câmara do Porto com o objetivo de apoiar e proteger os estabelecimentos e entidades que definem a identidade da cidade, investiu mais de 1,2 milhões de euros em 103 estabelecimentos comerciais e quatro entidades, desde 2019.
A proposta para o fundo municipal de 2023 é de 525 mil euros, foi assinada por Ricardo Valente, vereador das Finanças e Atividades Económicas, e esteve em discussão esta segunda-feira, numa reunião privada de Executivo.
Para a autarquia, este fundo permitirá o sucesso da quarta edição do programa, assim como a “preservação das características originais dos estabelecimentos” e “promover a recuperação do espaço físico e a sustentabilidade do estabelecimento comercial ou entidade reconhecida, assim, contribuindo para a preservação da memória coletiva da cidade”, lê-se na notícia avançada pelo Porto.
Acrescenta, ainda, que, “não raras vezes, a disponibilidade financeira dos proprietários destes estabelecimentos e entidades não permite a recuperação, o restauro e/ou a manutenção do património que se pretende salvaguardado. Pela mesma razão, o investimento na modernização, divulgação e promoção dos estabelecimentos ficam, muitas vezes, para segundo plano, o que dificulta a sustentabilidade do negócio”.
Como principal justificação para a continuidade do programa, o município garante que “os estabelecimentos comerciais e entidades reconhecidos continuam a desempenhar uma função relevante, pois são espaços privilegiados de dinamização do tecido comercial, social, cultural e desportivo, contribuindo para a coesão da cidade nas suas diversas dimensões”.
Recorde-se que a secção “Grandes Destaques” da VIVA!, conta com um separador dedicado às “Lojas Históricas”, onde os espaços reconhecidos pelo programa “Porto de Tradição” são apresentados, através de uma entrevista com os proprietários.
