
Quase uma semana depois de ter apresentado, em sessão pública, as propostas para reconversão das avenidas do Brasil e de Montevideu, a Câmara Municipal do Porto anunciou esta segunda-feira que as propostas em causa, quatro no total, estão disponíveis para auscultação pública.
As propostas podem ser analisadas e comentadas pelos portuenses no microsite avenidasatlanticas.cm-porto.pt até ao último dia do mês de março. Findado este prazo, a autarquia dará início ao “debate com os partidos políticos” para que seja escolhida a solução a implementar, avançou.
Recorde-se que as propostas foram realizadas com o objetivo de afirmar a segurança e reconciliar os cidadãos com o espaço.
A primeira proposta apresentada, recorde-se ( ), mantém as quatro vias de circulação automóvel, o estacionamento longitudinal e a ciclovia, aumentando de forma generalizada a largura tanto da faixa de rodagem automóvel, como ciclável. No caso das vias destinadas a automobilistas, esta solução propõe que passem a ter 3,05 metros cada. Por sua vez, a ciclovia aumenta para 2,50 metros e é introduzida uma floreira, com 50 centímetros, como “segurança” para separar automóveis e ciclistas.
Com esta solução, há uma redução do passeio marítimo em 2,50 metros, ficando com 7,70 metros de largura na Avenida do Brasil (ao invés dos 10,20 metros atuais) e com sete metros na Avenida Montevideu (ao invés dos 9,50 metros atuais), explicou o município, aquando da apresentação das propostas.
Do mesmo modo, a segunda proposta mantém a largura do canal viário existente, dividida por quatro vias de circulação automóvel. Nesta solução, a ciclovia passa para o passeio marítimo, mantendo uma largura de 2,50 metros, e a “segurança” entre os ciclistas e peões é feita através de bancos e floreiras “colocadas pontualmente”.
Esta proposta obriga à redução do passeio marítimo, que na Avenida do Brasil passa a ter 5,50 metros (ao invés dos 10,20 metros atuais) e na Avenida Montevideu passa a ter 4,30 metros (ao invés dos 9,50 metros existentes).
As infraestruturas existentes, tais como iluminação, paragens de autocarros, múpis e outros mantém-se nesta proposta.
Por sua vez, a terceira proposta pressupõe que seja mantida a largura total do canal viário existente, mas que em vez de quatro, passem a ser três, as vias de circulação automóvel, uma no sentido sul-norte e duas no sentido norte-sul, cada uma com 3,05 metros. O canal viário existente contará ainda com uma ciclovia, também com 3,05 metros, que terá como elemento de “segurança” relativamente aos automóveis uma floreira com 50 centímetros. Nesta solução, a largura do passeio marítimo mantém-se tanto na Avenida Brasil como na Avenida Montevideu.
A última solução, apresentada como uma “variante” da anterior, propõe que também se mantenha a largura total do canal viário existente, mas que se assuma apenas uma via em cada sentido para a circulação automóvel e a faixa central sirva para “viragens a nascente”. Nesta solução, cada uma das vias de circulação automóvel terá 3,05 metros, bem como a ciclovia e a faixa central.
As quatro propostas foram apresentadas na última quinta-feira, em sessão pública realizada em parceria com a União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, na Universidade Católica Portuguesa.