Mais um recorde para a cidade do Porto. Desta vez, a Invicta excedeu as metas de reciclagem em 2023. Cada habitante separou em média cerca de 78 kg de resíduos de embalagens por ano, ultrapassando o objetivo de 60 kg por habitante ao ano.
De acordo com a Câmara do Porto, um dos principais contribuintes para este sucesso foi o aumento significativo na recolha seletiva, com um acréscimo de 5,8% em relação ao ano anterior, totalizando 2050 toneladas recolhidas.
Em todas as categorias de resíduos, houve um aumento de 6,9%, destacando-se as 7210 toneladas de vidro recolhidas, um aumento de 4,6% em comparação com o ano anterior, contrariando a tendência nacional de decréscimo. As recolhas de papel e embalagens também registaram aumentos de aproximadamente 7% e 10%, respetivamente.
Esses resultados históricos foram alcançados devido à reorganização e ao reforço da instalação de equipamentos de deposição seletiva, juntamente com a eliminação de pontos exclusivos para resíduos não diferenciados.
A cidade agora conta com 1300 ecopontos, facilitando a deposição de resíduos de forma conveniente. Além disso, a sensibilização dos residentes, estabelecimentos e instituições desempenhou um papel fundamental nesses resultados, como parte da estratégia da Porto Ambiente, que recebeu o Prémio de Excelência do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos da ERSAR pelo segundo ano consecutivo.
Em relação aos resíduos orgânicos, mais de 10 mil toneladas foram recolhidas em 2023, representando um aumento de 5,7% em comparação com 2022. A recolha de resíduos orgânicos, incluindo o sistema de porta-a-porta e o sistema de proximidade para utilizadores domésticos, totalizou mais de 1516 toneladas.
Graças ao forte investimento do município ao longo de mais de uma década, a recolha desses resíduos tornou-se um impulsionador importante da economia circular, através da valorização de restos alimentares e a sua transformação em composto, que é posteriormente devolvido ao solo.
Com esta ação ecológica, foi possível evitar a emissão de cerca de 17 mil toneladas de CO2.
Fotografia: Guilherme Costa Oliveira