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Porto apoia consumo de drogas assistido… mas há um grande problema

Porto apoia consumo de drogas assistido… mas há um grande problema

O presidente da Câmara do Porto foi bastante claro ao explicar que a autarquia não irá continuar a adiantar recursos para unidades de consumo vigiado na cidade. Rui Moreira refere que esta decisão surge no contexto da compra de um veículo acordado com o Ministério da Saúde, cuja operação ainda não tem financiamento devido à falta de inscrição no orçamento de Estado.

Durante uma reunião do Executivo, Rui Moreira explicou todo o processo desde a criação do projeto-piloto da unidade móvel na zona da Pasteleira. O presidente reforçou que o Município cumpriu com todas as suas responsabilidades, no entanto o Estado não terá acompanhado.

O acordo inicial entre a autarquia e o Ministério da Saúde estipulava que o Município criaria o espaço e financiaria a gestão durante um ano, após o qual o Estado assumiria essas responsabilidades. No entanto, Rui Moreira revelou que o assunto foi tão maltratado que a Câmara teve de o pagar mais três ou quatro meses (via Câmara do Porto).

Posteriormente, a autarquia comprometeu-se a adquirir uma unidade móvel conforme a perceção do Ministério da Saúde das necessidades da cidade. Rui Moreira criticou esta decisão, argumentando que “é um grande disparate porque tudo o que é fumante não pode ser utilizado nesse serviço”.

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Nesse sentido, a Câmara sugeriu a criação de uma segunda unidade amovível junto à Escola do Cerco para reduzir a pressão na primeira. Apesar das dificuldades, o Município não faltou ao prometido e chegou a comprar a carrinha.

O problema é que, mais uma vez, o Ministério da Saúde não terá dado a verba necessária, segundo a autarquia. O presidente do município destaca a quantidade de pessoas que pedem por mais soluções idênticas, apesar da Câmara do Porto não se comprometer mais daqui para a frente, sem o apoio estatal.

A propósito, Rui Moreira aproveitou ainda para falar sobre as Unidades Locais de Saúde (ULS), um modelo que considera “totalmente desajustado”. O próprio queixa-se da nomeação da ULS no Porto ter acontecido sem o executivo ser contactado.

Fotografia: Pexels

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