De acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta terça-feira, a propósito da evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, o Porto regista 1414 infeções pelo novo coronavírus, precisamente as mesmas que registava no dia 5 de junho, estando, assim, sem novos casos há 11 dias. A autarquia decidiu então desmontar o Hospital de Campanha Porto..
O município “já caiu para o quinto lugar entre os que desde o início da epidemia em Portugal, mais casos têm acumulado”, contabilizando agora menos de metade dos casos registados em Lisboa (2922).
De acordo com a Câmara Municipal do Porto, a inexistência de casos positivos no concelho nada tem a ver com a falta ou menor testagem, uma vez que tanto os hospitais de Santo João e Santo António como o centro de rastreio móvel montado no Queimódromo continuam a fazer a testagem a todos os suspeitos ou alvos de rastreios.
A autarquia, em conjunto com os dois centros hospitalares do Porto e Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, decidiu assim desmontar, nos próximos dias, o hospital de campanha que se encontra instalado no Super Bock Arena / Pavilhão Rosa Mota.
Montado pela Câmara do Porto, no pavilhão cedido pelo concessionário, com o apoio do Exército e de várias empresas privadas, a unidade recebeu cerca de três dezenas de doentes, aliviando o internamento dos hospitais de São João e Santo António. A gestão hospitalar foi garantida pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e os cerca de 300 colaboradores trabalharam em regime de voluntariado, relembra a autarquia.
“Com o apoio da RTP, a Câmara do Porto recebeu de uma campanha solidária cerca de 400 mil euros de mais de mil doadores, o que permitiu ao Município equilibrar as contas e garantir o financiamento do projeto”, acrescenta.
Recorde-se que foi no Porto, a 2 de março, que se registaram os primeiros dois casos de infeção pela covid-19. Mais de três meses depois, Portugal contabiliza 37336 casos confirmados e 1522 mortes.
Foto: Miguel Nogueira | CM Porto
