A região Norte está prestes a receber o programa “Acelerar o Norte”, que tem o objetivo de tornar o comércio da região num negócio mais digital. Ao todo, cerca de 8670 negócios vão ser apoiados. A verba total de apoios é de 19 milhões, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Como refere o JN, as formações têm o objetivo de ensinar algumas lojas mais tradicionais a adaptarem-se aos novos tempos. Posto isto, terão enfoque ações como usar um PC, um e-mail, ou até mesmo garantir uma presença notória nas redes sociais, que cada vez mais são importantes na divulgação de um negócio.
Na ótica dos promotores deste projeto, “a digitalização é para todos os negócios, desde o maior, ao mais pequeno”. Assim sendo, o foco será para vários tipos de empresas: desde as micro, às pequenas, às médias. As sub-regiões a ser apoiadas são: Alto Minho, Cávado, Ave, Alto Tâmega, Área Metropolitana do Porto, Tâmega e Sousa, Douro e Terras de Trás-os-Montes.
De forma a perceber o aumento da importância do digital, importa estudar o passado recente. Em 2023, este diz-nos que 60% da população portuguesa comprou digitalmente. Na prática, isto significa 10 mil milhões de euros gastos pela Internet, na aquisição de produtos.
Na perspetiva de Anabela Barbatto, vice-presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, o período da pandemia teve uma grande importância na fomentação deste tipo de hábito de consumo. Sendo assim, o objetivo da ação digital em questão é dar aos negócios ferramentas de chegar a novos clientes e expandir horizontes.
“O objetivo do ‘roadshow’ é trazer ao comércio tradicional a inovação, demonstrar a importância do acesso aos mercados digitais e dar a entender que é possível inovar o tradicional, através do acesso a novas metodologias, presença online, aproveitar os novos mercados e as novas tendências e toda a organização que está associada ao comércio”, refere o presidente da Associação dos Comerciantes do Porto (via JN).
Sobre o assunto, Rubens de Carvalho aponta que o Porto, por exemplo, precisa de um maior crescimento neste sentido. Por isso, acredita que a ação digital poderá ser muito importante.
“Há muitas lojas que ainda não registam a sua presença ‘web’, não gerem redes sociais, nem e-mail têm, e este projeto vem dar resposta a isto. Queremos utilizá-lo como um despertar de consciência de que isto não é um gasto, é um investimento” – acrescenta (via JN).
De forma a explicar a necessidade de uma maior digitalização no comércio portuense, Rubens de Carvalho dá o exemplo do Mercado do Bolhão. Aí, o próprio refere que cerca de metade não tem qualquer tipo de elemento digital.
Segundo o diretor do projeto Acelerar o Norte, Nuno Camilo, hoje em dia, não comunicar é o mesmo que não existir. De acordo com o JN, o projeto irá estender-se até 2025. Para mais informações sobre o funcionamento do mesmo, é possível visitar o site oficial do projeto.
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