A Câmara de Matosinhos lançou, na quarta-feira, um concurso público para a reabilitação da ponte medieval de Goimil, medida que se insere nos programas da autarquia para recuperação do património e valorização do rio Leça. Localizada no lugar de Esposade, em Custóias, a ponte de Goimil, sobre o rio Leça, está classificada como imóvel de interesse público, tendo sido esta quarta-feira anunciado em Diário da República o concurso público da Câmara de Matosinhos para a sua reabilitação, no valor de quase 150 mil euros. O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, explicou que a reabilitação desta ponte enquadra-se em dois programas mais vastos, que são a “recuperação do património” do concelho e a valorização do rio Leça.
Guilherme Pinto recordou ainda que, há cerca de 15 anos, quando era vereador do Ambiente, a ponte medieval passou a ser apenas para passagem de peões e bicicletas, tendo sido suprimida a circulação de automóveis.
De acordo com a autarquia, o projeto de recuperação da ponte define um conjunto de intervenções, devolvendo-lhe as suas características físicas e estruturais que se julga serem as originais.
Esta ponte terá sido construída entre os séculos XIII e XIV e fazia parte do percurso românico/medieval referenciado em documentação medieval como ”via veteris”, ou seja, estrada velha.
Segundo informação da Câmara, este caminho iniciava-se junto ao rio Douro, na zona da Arrábida e vindo do centro pelo Couto e Lordelo e Cedofeita, passava pelo cruzeiro de Santiago de Custóias, atravessava o rio Leça neste local e dirigia-se para o estuário do rio Ave.A ponte medieval é uma obra com estrutura em alvenaria resistente de granito, com um só arco em ogiva.
