O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou esta segunda-feira que o período entre a toma da primeira e da segunda dose da vacina da Pfizer foi alargado de 21 para 28 dias. Uma medida que, segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Infarmed, permitirá “a vacinação de mais 100 mil pessoas até ao final de março”.
O plano de vacinação contra a covid-19 passa a incluir, nos grupos prioritários, pessoas com trissomia 21. Segundo Graças Freitas, verificou-se um “impacto desta doença no internamento e na mortalidade”, razão pela qual foi proposta a inserção à “task force coordenadora do plano de vacinação e ao gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Saúde”.
De acordo com informação avançada pela diretora-geral da Saúde, em causa estarão cerca de 3.500 pessoas com esta condição e uma idade acima dos 16 anos.
O número total de pessoas com trissomia 21 em Portugal ascende aos 6.000. Contudo, não poderão ser incluídas no plano atual devido ao licenciamento das vacinas. A inoculação da Moderna só é permitida a pessoas com, pelo menos, 16 anos e as da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca para jovens com 18 anos.
De referir ainda que, até ao momento, Portugal já administrou mais de 850 mil doses da vacina contra a covid-19. “Ao final do dia de ontem [domingo], tínhamos 868.951 vacinas administradas, das quais 603.585 são de primeira dose e 265.366 de segunda dose”, revelou Lacerda Sales.
Este número, confirmou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, coloca Portugal “acima da média da União Europeia (7,35), com 8,45 doses administradas por 100 habitantes”.
No que respeita às pessoas com idade igual ou superior a 80 anos, residentes em Portugal, “35% já recebeu pelo menos mais uma dose de vacina contra a covid-19”. Por sua vez, “9% está já imunizada com as duas doses da vacina” e 70% dos profissionais de saúde já receberam a primeira dose, completou.
