O BCP desistiu de contestar o plano de recuperação da Ambar, tendo retirado, na segunda-feira, as impugnações e o recurso que havia apresentado no Tribunal do Comércio de Gaia. Em declarações à Lusa, Mário Pinto, administrador da empresa, explicou que este era “o único obstáculo” à viabilidade da instituição de produtos de papelaria do Porto, pelo que o plano de recuperação poderá, agora, avançar.
Ainda que o recurso para o Tribunal da Relação do Porto apresentado pelo BCP não tivesse efeitos suspensivos sobre a aplicação do plano, na prática, a sua efetiva implementação ficava comprometida se o banco se mantivesse irredutível. Este plano estratégico, que prevê a manutenção de 105 dos 142 postos de trabalho da unidade, pretende tentar relançar a atividade da empresa do Porto, fundada em 1939 por Américo de Sousa Barbosa e que chegou a faturar mais de 30 milhões de euros, mas cuja situação financeira se foi degradando nos últimos anos, já sob gestão da filha do fundador.
