“Nós apoiamos a Câmara Municipal do Porto quando ela recusa ser um parceiro menor no estabelecimento de uma estratégia nacional para este Quadro Comunitário de Apoio. Acho que não podemos repetir os mesmos erros do passado, queixando-se a região Norte apenas quando os erros já estão consumados”, disse à Lusa Manuel Pizarro. O também vereador da Câmara Municipal do Porto disse que seria “um gravíssimo erro parecer que o PS quer é mendigar uma parcela de poder sentado à mesa do orçamento”, o que comportaria o risco, ainda que involuntário, de “ser cúmplice de uma estratégia centralista que pretende repetir ou agravar os vícios de gestão dos anteriores quadros comunitários que conduziram a uma realidade que é indesmentível” assente em assimetrias a nível nacional. Recorde-se que, na terça-feira, o mesmo dia em que o presidente da Câmara do Porto reafirmou que, em matéria de fundos comunitários, “a cidade não se vai calar”, voltando a manifestar-se preocupado com a distribuição de fundos para projetos e com os prazos de candidatura, o presidente da Federação Distrital do Porto do PS, José Luís Carneiro, considerou que um assunto “tão relevante não deve ser tratado em praça pública”, em reação à tomada de posição da Câmara.
Rui Moreira respondia às notícias que dão conta de que o comissário europeu para a Política Regional, Johannes Hahn, disse nunca ter havido críticas de Bruxelas a qualquer centralismo de Lisboa sobre eventual discriminação do Norte do país nas propostas do Governo para o próximo Quadro Comunitário de Apoio.
