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Recheio 2024 Institucional

Pinto da Costa: “Não penso que agora Sérgio Conceição aceitaria renovar contrato”

Pinto da Costa:

Na sequência dos desacatos que aconteceram na Assembleia Geral do FC Porto, no dia 13 de novembro, segunda-feira, o presidente dos azuis e brancos, Jorge Nuno Pinto da Costa, afirmou em entrevista à SIC que a sua recandidatura a presidente do clube vai depender de três condições.

Em relação às últimas ocorrências, o representante máximo dos dragões espera “que todo este barulho nas redes sociais e na comunicação social não afetem a equipa, que ela esteja tranquila e passe aos oitavos de final da Liga dos Campeões, que o clube apresente lucros em finais de Dezembro e tenha capitais próprios positivos e que a academia na Maia avance”.

No imediato, Pinto da Costa acrescenta que a sua única preocupação é essa, ou seja, o bem-estar da equipa, que espera que, apesar de toda a instabilidade dos últimos dias, “esteja tranquila” para encarar os desafios futuros da melhor forma. Quanto à disputa da presidência, em que o principal adversário se espera que seja André Villas Boas, Pinto da Costa considera não ser o momento para se pronunciar sobre isso.

Na entrevista exclusiva que deu à SIC, que teve como pano de fundo o Estádio do Dragão, o presidente dos dragões salientou, ainda, que a estratégia traçada pela direção do clube é que até ao final do ano as contas e os capitais próprios sejam mais positivos, quando as contas à UEFA forem apresentadas.

Quanto a outro tema que tem gerado alguma apreensão por parte da nação portista, que se prende com a renovação do atual treinador, Sérgio Conceição, Pinto da Costa frisou que como em Abril do próximo ano ocorrem eleições “só nessa altura se saberá quem é o presidente”.

“Não penso que agora Sérgio Conceição aceitaria renovar contrato sem saber quem irá presidir ao clube”, acrescentou.

Para além disso, outra inquietação que assola grande parte dos adeptos do FC Porto prende-se com a saída de jogadores essenciais do plantel. Recordem-se, por exemplo, (entre outras), as recentes saídas de Otávio, para o Al-Nassr, e de Luis Díaz, para o Liverpool FC, que geraram algum mau estar no covil do dragão. 

No entender de muitos adeptos, as saídas representaram um mau negócio para o clube, que por questões de subsistência financeira teve de vender a um preço mais baixo do que seria de prever.

Quanto a esse problema que se poderia, eventualmente, antecipar, Pinto da Costa procurou tranquilizar os adeptos azuis e brancos, dizendo que o FC Porto não vai precisar de vender ninguém no final da época.

Questionado acerca da relação com André Villas Boas, ex-treinador de clubes como FC Porto, Chelsea e Zenit, e também candidato à presidência portista, Pinto da Costa disse que as relações são normais, embora reconheça que as afirmações recentes do próprio o tenham surpreendido.

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“Fico apenas admirado, não comento”, frisou. Em relação àquele que se espera ser o principal adversário para as eleições de 2024, admitiu, ainda, que apenas esteve com Villas Boas poucas vezes no presente, mas que “ele tem todo o direito a ser candidato à presidência do FC Porto”.

Sobre o principal tema da atualidade portista, relacionado com a Assembleia Geral do FC Porto, Pinto da Costa reconheceu o “momento desagradável”. “Tenho que lamentar. Tomamos todas as previdências para que nada de semelhante volte a acontecer”, acrescentou.

O representante máximo dos dragões referiu que tudo está a ser investigado e que os culpados serão castigados. “Foi uma noite má do FC Porto. Perdemos todos. Chocou-me ver sócios contra sócios”, frisou.

Em relação àquela que é a dicotomia clube-claque, estabelecida entre o FC Porto e os Super Dragões, Pinto da Costa referiu que não considera que haja qualquer tipo de guarda pretoriana no clube. No seu entender, antes pelo contrário, “há uma claque normal, com quem tenho uma relação normal”..”Superdragões apenas nos jogos. Fora disso são apenas sócios”, concluiu.

Na entrevista dada à SIC esta terça-feira, dia 21 de novembro, houve tempo ainda para falar sobre as contas do clube. Acerca do tema em questão, salientou que os encargos hoje são enormes, designadamente nos contratos com jogadores, e disse que as contas podiam melhorar se não se pagassem tantos impostos. 

Outra questão que Pinto da Costa abordou acerca das contas do clube prende-se com os prémios financeiros dados aos administradores da SAD, que ultimamente tem sido tema de discussão e, inclusive, de alguma suspeita, acerca da gestão económica do FC Porto.

Sobre os prémios aos administradores, o presidente portista vincou que, como estava previsto,  tal aconteceu “apenas numa época em que fomos à Champions, vencemos o campeonato e apresentamos capitais próprios positivos”.

A rematar a entrevista, Pinto da Costa deixou claro que “por princípio não [fala] dos rivais”, concluindo que “[é] presidente do FC Porto e não [tem] de [se] preocupar com os outros”, na medida em que o único objetivo “é encher o museu do clube de troféus”.

Imagem de capa: Captura de ecrã da entrevista à SIC

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