O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, lançou esta segunda-feira, no museu do Estádio do Dragão, uma obra na qual descreve as 31 decisões mais importantes que tomou nos 31 de presidência do clube. Escrito pelo “próprio punho”, o livro conta “histórias rigorosamente verdadeiras, sem uma única linha alterada”, com o dirigente a destacar a primeira como a decisão “mais difícil”: “Ser ou não candidato à presidência do FC Porto”. “Foi preciso ter um bocado de loucura. Todos sabíamos a situação do clube. Sei quem me empurrou, mas, se calhar, valeu a pena”, constatou, na sessão de lançamento. Ao longo do livro, Pinto da Costa relembra várias decisões problemáticas, destacando, entre outras, a saída do campeão da Europa Artur Jorge para o Paris Saint-Germain. “Recebeu um convite de Paris onde num mês ganhava mais do que no FC Porto num ano. Ele adorava a cidade e a sua esposa de então tinha um problema de saúde que aconselhava sair do Porto. Mesmo como presidente, não podia exigir que ficasse”, recordou. Para além disso, o presidente mencionou ainda os momentos da sua complicada intervenção cirúrgica, admitindo, “em bom português”, que “pensava que ia ‘marar’”. “Quando acordei, a minha esposa perguntou-me quem era, a ver se a reconhecia. Questionei-a quem era o anterior presidente da câmara do Porto. Ela disse que era o Fernando Gomes. Então respondi-lhe que ela era a Fernandinha”, acrescentou, sorrindo.
Entre as histórias agora tornadas públicas estão também a saída de Otávio Machado e a “decisão relâmpago” da sua substituição por José Mourinho, a sucessão de André Villas-Boas (saiu para o Chelsea), o “falso alarme no regresso de Jardel” e a defesa do nome Estádio do Dragão.
