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Pescadores da Póvoa e de Vila do Conde voltam ao mar depois de um mês de “jejum”

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Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar decidiu acionar o fundo de garantia salarial.

A comunidade piscatória da Póvoa e de Vila do Conde, que esteve um mês sem ir ao mar, devido à agitação marítima das últimas semanas, está preocupada com a situação das famílias que encontram na pesca o seu sustento. A Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar já decidiu até acionar o fundo de garantia salarial. “É uma situação muito preocupante. Até já pedimos à capitania os certificados que atestam que os barcos estão parados há mais de 9 dias para acionar o fundo de garantia salarial. Mas agora tudo depende da Direção-Geral dos Recursos Hidrográficos, antiga Direção-Geral das Pescas”, referiu, à Lusa, o presidente da referida associação, José Festas. O responsável comentava, assim, a paragem de um mês, só interrompida esta quinta-feira, de idas ao mar que se vive na Póvoa e em Vila do Conde. “Estamos a falar de uma comunidade em que 300, e pode ir até 380, são pescadores. Ora multiplicado por famílias com mulher e filhos, e às vezes idosos ao seu encargo, são milhares de pessoas sem sustento. E estamos a falar também de empresas que trabalham para as embarcações e estão paradas. Tudo o que envolva pesca está em risco”, alertou.
Fernando Vareiro, armador do barco “Mãe do Céu”, de Vila do Conde, foi um dos que decidiu, ontem, enfrentar a fúria das ondas, tendo chegado a terra por volta das 16 horas. “Não ia ao mar desde 15 ou 16 de dezembro ou antes. Tentei por época do Natal mas desisti. Hoje [quinta] fui mas o dia nem rendeu em condições. Isto é muito complicado porque as despesas em terra são as mesmas. Pagamos na mesma seguro do barco e seguro dos homens”, sublinhou o pescador, de 45 anos.
Para além da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, José Festas destacou ainda a paragem de comunidades piscatórias como as de Matosinhos, Angeiras, Vila Chã, Apúlia, Esposende e Castelo de Neiva. “Esta foi, aliás, está a ser, das maiores paragens que tenho memória e sou presidente da Pró-Maior há sete anos”, afirmou.

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