Nos próximos três meses, a Casa da Música vai acolher cerca de 80 concertos, sendo que um deles terá um caráter simbólico, uma vez que implica a atuação do “mentor” da instituição, o pianista Pedro Burmester, que nunca lá tocou. O artista subirá ao palco da Sala Suggia para encerrar o Ciclo de Piano EDP, acabando o jejum a que se auto-impôs, como “protesto político”, enquanto Rui Rio estivesse à frente da autarquia portuense. Para António Jorge Pacheco, “já era hora” de acolher o concerto de Pedro Burmester. “É um dos grandes pianistas portugueses pelo que mais tarde ou mais cedo faria todo o sentido”, afirmou esta quarta-feira, na apresentação da programação para o último trimestre da Casa da Música. “Não vamos esconder que há um lado emocional ligado à sua estreia porque foi ele o mentor desta casa, foi ele que lançou o projeto”, acrescentou.
O ciclo EDP também contará com a estreia no Porto de Rafal Bleachacz, pianista polaco que em 2005 foi o primeiro músico a arrebatar todo os prémios do Concurso Chopin, em Varsóvia e o regresso de Arcadi Volodos.
