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Palavras de Herberto Helder no palco do Teatro Carlos Alberto

Palavras de Herberto Helder no palco do Teatro Carlos Alberto
O ator e encenador Dinarte Branco dá voz e corpo a alguns dos textos incontornáveis de Herberto Helder. “A Máquina de Emaranhar Paisagens” estará em cena no Teatro Carlos Alberto (TeCA), entre 23 e 26 de fevereiro.

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O espetáculo foi concebido unicamente a partir de textos de Herberto Helder e dos seus poemas, incluindo poemas “mudados” para português pelo próprio. Nele se incluem, além do texto homónimo, passagens de livros como “Photomaton & Vox”, “Os Passos em Volta”, “A Faca Não Corta o Fogo”, “Antropofagias” e “A Colher na Boca”, entre outros.
“A exigência e o hermetismo dos textos de Herberto Helder questionam uma escrita meramente mental e racional, as palavras ganham densidade e vida também pela sua sonoridade e musicalidade. Daí a ideia de os transpor para teatro, dar corpo às palavras escritas com tudo o que isso pode potenciar e revelar”, explica Dinarte Branco.
“A ligação entre a imagética, a sonoridade e o ritmo impresso nos poemas do autor abrem portas, nesta encenação, a outra possibilidade de comunicação”, refere.
Nascido na Madeira, em 1930, Herberto Helder viveu quase sempre no continente, desde a adolescência, teve vários ofícios – operário, repórter de guerra, editor, empacotador, bibliotecário -, mas o da escrita foi o mais constante, desde que publicou o primeiro livro, “O Amor em visita”, em 1958. O escritor faleceu a 23 de março de 2015.
Com direção e interpretação de Dinarte Branco, “A máquina de emaranhar paisagens” tem composição musical e interpretação em cena de Cristóvão Campos, cenografia de Paulo Oliveira, e figurino de Cristina Homem de Gouveia.
O espetáculo “A Máquina de Emaranhar Paisagens “ resulta de uma coprodução Berma, Centro Cultural Vila Flor e TNSJ. A peça pode ser vista de quinta-feira a sábado, às 21h, e no domingo, às 16h. O preço dos bilhetes é de 10 euros.
No dia 24, às 22h30, Dinarte Branco, o encenador António Durães, a atriz Sara Carinhas, o poeta Rui Lage e a investigadora Rosa Maria Martelo, autora de “Os Nomes da Obra – Herberto Helder ou O Poema Contínuo”, estarão à conversa com o público na iniciativa “Escritas, reescritas traduções”.

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