Em declarações à Lusa, João Tovar Jalles, economista na OCDE responsável por Portugal, afirmou que “a mensagem é que não se corte demasiado ao nível das prestações e transferências sociais para as famílias, de forma a suavizar o impacto da envolvente macroeconómica, que é negativa neste momento, mesmo que isso acarrete um peso acrescido sobre o orçamento pelo lado da despesa”.
Para João Tovar Jalles, é importante que os chamados estabilizadores automáticos – mecanismos que suavizam o efeito de grandes variações do ciclo económico, como é o caso dos subsídios de desemprego e outras prestações sociais em caso de recessão – possam atuar de forma mais flexível e livre. Assim sendo, acrescentou, “um estrito e rígido cumprimento dos targets nominais do défice poderá não ser a estratégia mais desejável”.
Quarta-feira 12 Dezembro, 2012