Apesar dos cortes orçamentais, nos próximos três meses, a Casa da Música vai contar com cerca de 80 concertos, um novo festival de jazz, um sob o signo do futurismo e muitos nomes para além da música erudita. Aimee Mann, Mayra Andrade, Patxi Andión, Au Revoir Simone ou Scott Matthew, na frente internacional, Ana Bacalhau, Anamar, Madredeus ou UHF, na frente nacional, são alguns dos nomes que vão passar pelas salas da Avenida da Boavista nos próximos tempos. “Num momento de emergência temos de privilegiar e salvaguardar os agrupamentos residentes da Casa da Música, é isto o que tentamos fazer e tentamos colmatar depois uma eventual falha na oferta de outros genéricos musicais, como é a música world ou a música pop-rock e estamos a consegui-lo fazer através de parcerias com promotores privados”, referiu o diretor artístico António Jorge Pacheco. De acordo com o responsável, apesar dos constrangimentos financeiros, “nos finais de julho, os números de espectadores e de bilhetes vendidos estavam acima do previsto” e tudo aponta para que seja possível “encerrar o ano com as contas bem dentro do orçamento”.
Um das novidades da programação deste trimestre é o festival “Outono em jazz”, que decorrerá entre 11 e 13 de outubro, “3 dias de grande intensidade com uma grande diversidade de géneros”. Django Bates Beloved Trio, Gregory Porter, Soweto Kinch e European Jazz Orchestra serão alguns dos nomes presentes. De assinalar que, em novembro, The John Scofield Überjam Band também atuará nesta sala. Entre 19 e 26 do mesmo mês haverá “Futurismus” que, tendo como ponto de partida o movimento futurista italiano, vai trazer composições representativas desta estética mas também a exibição de filmes e uma incursão na vertente nacional, através do “Manifesto anti-Dantas” de Almada Negreiros.
