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Novo tratamento pode eliminar cancro do pâncreas em seis dias

Investigadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, dizem ter descoberto um tratamento que poderia eliminar o cancro do pâncreas em cerca de uma semana.

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Após identificarem como funciona a barreira protetora que circunda os tumores, os cientistas desenvolveram uma droga que consegue rompê-la, permitindo que o sistema imunológico do corpo mate as células cancerígenas. Testes iniciais do tratamento – que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo – resultaram na eliminação quase total do cancro em ratos de laboratório em seis dias. As conclusões foram divulgadas na publicação científica americana PNAS. De acordo com a Universidade de Cambridge, é a primeira vez que um resultado como este é conseguido em pesquisas sobre o cancro do pâncreas. O tratamento também poderia ser usado noutros tipos de tumores sólidos – como em casos de cancro do pulmão e de ovário – caso seja bem-sucedido. O cancro do pâncreas, um dos mais letais, é a oitava causa mais comum de mortes por cancro no mundo. Ela afeta homens e mulheres igualmente e é mais frequente em pessoas com idade acima dos 60 anos. A nova pesquisa, liderada pelo professor Douglas Fearon, observou que a barreira em volta das células do cancro é formada pela proteína quimiocina CXCL12, que é produzida por células especializadas do tecido conjuntivo – responsável por unir e proteger os outros tecidos. A proteína envolve as células do cancro e forma uma espécie de escudo contra as células T – que fazem parte do sistema de defesa do organismo. O novo tratamento impede que as células T interajam com a proteína CXCL12. Desta forma, o «escudo» deixa de funcionar e as células conseguem penetrar no tumor. «Ao permitir que o corpo use as suas próprias defesas para atacar o cancro, esta solução tem o potencial de melhorar muito o tratamento de tumores sólidos», disse Fearon.
De acordo com a Universidade de Cambridge, ainda não há data para testes clínicos em seres humanos. Por apresentar poucos sintomas nos seus estágios iniciais, o cancro pancreático costuma ser diagnosticado somente em estágio mais avançado.

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