“Ainda sem sabermos o que acontecerá, este ano, relativamente à Feira do Livro do Porto, queremos que os leitores da cidade saibam que nós estaremos prontos para, em parceria com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e com a Câmara Municipal do Porto, ou apenas a partir das directivas do atual Executivo, dar resposta a qualquer desafio. O que importa é fazermos da leitura uma festa”, escreveu a cooperativa Culture Print numa mensagem publicada no Facebook. A instituição recorda que o Letras na Avenida foi um acontecimento alternativo feito “em tempo recorde” e de “menor dimensão” devido a tratarem-se de livrarias “em menor número e com menor capacidade financeira, quando comparadas com as editoras e grandes grupos editoriais”, mas que “garantiu a existência de livros de centenas de editoras com descontos para os leitores e que consistiu numa oportunidade de trazer de novo as livrarias da cidade ao centro do debate”. “Foi com orgulho que concretizámos o Letras na Avenida, desafiados pelo Executivo e ao lado da Câmara Municipal do Porto, junto dos livreiros da cidade (das pequeninas livrarias que conhecem pelo nome cada título e que são polos agregadores de cultura no Porto há tantos anos) e cara a cara com os miúdos e graúdos leitores do Porto”, acrescenta.
Na terça-feira, a Câmara do Porto acusou a APEL de recuar nas negociações para a realização da Feira do Livro da cidade, declarando não haver condições para que estas prosseguissem. Por seu lado, a APEL manteve que sem qualquer verba por parte da Câmara Municipal do Porto não será possível viabilizar a Feira do Livro na cidade.