O Governo, a Área Metropolitana do Porto (AMP) e a Metro do Porto vão iniciar os estudos de viabilidade económica em sete linhas do metro do Grande Porto, cuja expansão será decidida até ao final do ano.
O protocolo para consolidação da expansão da rede de metro no Grande Porto e metro bus vai ser assinado na próxima sexta-feira, dia 21, pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática, a Metro do Porto, a AMP e pelos municípios diretamente envolvidos: Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa do Varzim, Trofa, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.
Segundo a agência Lusa, citada pelo Sapo 24, o financiamento acordado é de 860 milhões de euros garantidos através do Plano Nacional de Investimento (PNI), sendo que cerca de 620 milhões de euros destinam-se ao crescimento da rede do Metro do Porto e 240 milhões de euros serão atribuídos ao desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos.
De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, os estudos a desenvolver no âmbito do protocolo para consolidação da rede de metro e metro bus vão sustentar as decisões da AMP e dos municípios quanto às prioridades de investimento para o período de 2021-2030, “tendo em conta os objetivos estratégicos da Metro do Porto, os montantes de investimento previsto no PNI e a sustentabilidade ambiental, económico-financeira, coesão territorial e social da AMP”.
Os estudos de procura e viabilidade serão desenvolvidos pela Metro do Porto no prazo de 10 meses e vão incidir sobre sete ligações que foram propostas pela AMP.
Numa carta dirigida ao ministro do Ambiente, datada de 05 de fevereiro, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, pede que sejam atualizados e posteriormente disponibilizados os estudos existentes na Metro do Porto, nomeadamente para as linhas Casa da Música – Devesas – Santo Ovídeo, prolongamento da linha circular (Casa da Música – Polo Universitário Asprela ou Combatentes) e Gondomar (Campanhã – Souto, via Valbom).
O mesmo é pedido para as linhas São Mamede (Polo Universitário Asprela/Fonte do Cuco), ISMAI – Trofa, Campo Alegre e II Linha da Maia (polo Universitário Asprela/FEUP – Maia).
Acrescem ainda algumas soluções ‘bus rapid transit’/metro bus, nomeadamente a linha Avenida da República – Crestuma (Gaia) e Devesas – Canidelo (Gaia), o canal da Estrada da Circunvalação e Vila do Conde – Póvoa de Varzim, entre outras.
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da AMP e também autarca de Vila Nova de Gaia, mostrou-se “convicto de que os estudos de viabilidade vão justificar a inclusão de linhas que até aqui não eram consideradas prioritárias, permitindo trabalhar a coesão territorial dentro da área metropolitana”.
O responsável adiantou à Lusa que no final deste ano ficam definidas as ligações que vão avançar.