Entre as 16h00 de sábado e as 04h00 de domingo, a cidade do Porto volta a receber a D’Bandada, maratona de música portuguesa completamente gratuita e destinada a várias idades.
São 62 concertos em 19 espaços, ao longo de 12 horas de animação gratuita. O “NOS em D’Bandada” regressa este sábado à cidade do Porto, numa espécie de “S. João da música” e, este ano, promete atravessar a Avenida dos Aliados para unir os dois lados da baixa, encontrando no edifício dos Paços do Concelho o seu quartel-general. Assim, para além de chegar a locais que já bem o conhecem (Plano B, Café au Lait, Era uma vez em Paris, Casa do Livro, Cordoaria, Rádio, entre outros), o festival também vai contagiar as zonas de Passos Manuel e da Praça dos Poveiros.
Armazém do Chã, Ateneu Comercial do Porto, Coreto da Cordoaria, Edifício AXA (nos seus sete pisos), Maus Hábitos, Passeio das Virtudes, Rua Passos Manuel, Pátio Interior da Reitoria, Praça dos Leões, Praça dos Poveiros, Rua Cândido dos Reis e Varandim da Torre dos Clérigos são alguns dos inúmeros palcos desta quarta edição do evento, que beneficiará dos serviços do metro e da STCP em funcionamento durante 24 horas, no âmbito da operação Move Porto. E nesta maratona “non stop” de música portuguesa, entre as 16h00 de sábado e as 4h00 de domingo, haverá ainda um palco móvel capaz de surpreender os portuenses: às 16h15 e 17h15, Miguel Araújo vai tocar no elétrico que faz o percurso Carmo-Batalha.
Numa espécie de “elogio às vozes femininas” – como lhe chamou o diretor artístico da NOS Discos, Henrique Amaro – a Praça de Gomes Teixeira receberá dois concertos especiais: o de Ana Matos Fernandes (conhecida como Capicua), que descobriu o hip-hop aos 15 anos e que cantará para a cidade às 22h00, e o de Manuela Avedo, vocalista dos Clã, que atuará, às 23h30, na companhia da Orquestra Jazz de Matosinhos. Mas também haverá hip-hop no masculino, numa clara aposta do festival neste género muscial. A Praça dos Poveiros receberá, assim, um “frente-a-frente” dos grupos Mind Da Gap e Dealema. Segundo explicou a organização do evento, o conceito-base da iniciativa permanece igual. “No que diz respeito à música, o ponto de partida do programa é constituído pelas bandas editadas ou a editar pela NOS Discos e pelos seus convidados”, explicou. Tal como aconteceu no ano passado, o Passeio das Virtudes vai ser palco de um concerto do fadista Ricardo Ribeiro (às 20h30), que começou a cantar aos nove anos.
Destaque ainda para a presença de Rita Redshoes, às 23h30, no Era uma vez em Paris, Old Jerusalem (às 16h00, no Maus Hábitos), Bruno Pernadas (22h30, no Passos Manuel), You Can’t Win Charlie Brown (à 01h00, também no Passos Manuel), Baba Mongol (22h00, Casa do Livro) e Monster Jynx (21h00, Praça dos Poveiros). Os sete pisos do edifício AXA estarão preenchidos com uma multiplicidade de propostas, que vão desde um conjunto de intervenções de arte pública e multimédia, a concertos de jazz, DJ’s e até uma loja Tubitek (referência musical, durante décadas, da cidade do Porto) com venda de vinis. E no último andar não faltará uma programação especialmente dedicada a pais e filhos – o D’Bandadinha – com salas sensoriais, casa de brincadeiras, instalações interativas, workshops e outras iniciativas para desfrutar em família.
De sublinhar que o alinhamento musical deste ano foi supervisionado por Henrique Amaro, que decidiu apostar em nomes como a Casa da Música, o espaço Maus Hábitos, as editoras Lovers & Lollypops e Turbina, as associações Filho Único e Porta Jazz ou o site Bodyspace para assumirem a função de curadores do festival. Segundo realçou o presidente da autarquia portuense, não sendo este um evento novo na cidade, é um festival que espelha bem três importantes elementos defendidos pelo executivo: festa, animação e gratuitidade.
