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No Silo Auto há jardins verticais transformados em arte

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Consta que a montanha de betão já acolheu concertos, mercados, conferências, indo muito além da função para o qual foi construído, em 1964, na Baixa do Porto. O Silo Auto é um “poço de arte”. Ponto. E agora com jardins verticais vanguardistas. Ou seja, tudo o que não se pensa de um parque de estacionamento. Apenas funcional? Não. Artístico.

Projetado por Alberto José Pessoa e João Abel Bessa, a arquitetura do Silo Auto nunca gerou consensos e, nos últimos anos, muito se tem discutido o seu destino. A gestão acabou entregue à PortoLazer e é agora, dentro da estratégia de dinamização do edifício promovida pela empresa municipal, que surge a Galeria Vertical. Assim, são aproveitados os patamares da escadaria para acolher exposições temporárias (com duração de três meses), em diálogo com este espaço.
A primeira, inaugurada na passada sexta-feira, 16, chama-se “Questions of Relief”, partindo do pressuposto da necessidade de um jardim moderno, enquanto lugar de reflexão, contemplação, pausa, que escapasse à voracidade do tempo.
Para servir de suporte às peças de arte, foram construídos “uns dispositivos modulares, que se encaixam na materialidade do edifício, nesta megaestrutura megalítica, mas também são autónomos”, explica à Visão o arquiteto Luís Albuquerque Pinho, que os desenhou. “Soluções despretensiosas, que não se sobrepõem ao edifício, nem às obras”, sublinha.
A acompanhar as diferentes visões, estará uma breve explicação sobre as mesmas e o respetivo autor, convidando os proprietários dos automóveis estacionados no Silo Auto a, também eles, vaguearem por estes jardins e contemplarem isso mesmo…arte!

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