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No Porto, é “Revolução, Já!” o ano todo. Cinema, poesia e conferências até dezembro

No Porto, é

Na história do país, escusado será dizer que o 25 de abril tem uma enorme importância. Por isso mesmo, o Museu e Bibliotecas do Porto começam a assinalar os 50 anos da celebração referida, já no dia 21 de março, através do mote “Revolução, Já!”.

Tal será feito através de “pensamento, poesia e imagem”, que de acordo com a Ágora, são os pilares essenciais destes festejos que se desdobram até ao mês de dezembro. No entender de Jorge Sobrado e José Bragança de Miranda, comissários do programa, esta vasta panóplia de atividades visa inscrever “a ideia e a experiência de revolução num sentido de emergência e futuro”.

Destaca-se que esta programação ocorrerá não só nos espaços do Museu e Bibliotecas do Porto, mas também no espaço público. 

Cinema 

Uma das formas de celebrar será através do cinema. Posto isto, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett (BMAG) receberá o ciclo “Outras Revoluções”, com curadoria de Edmundo Cordeiro, onde serão projetados e apreciados dez filmes revolucionários na indústria da sétima arte. 

 Como refere a Ágora, a primeira sessão encontra-se agendada para as 21h30 do dia 21 de março, quinta-feira. O público será presenteado com “Les amants réguliers”, da autoria de Philippe Garrel: uma obra que “filma as noites impetuosas de um grupo de jovens de 20 anos em pleno Maio de 68”. 

Já no dia 11 de abril, será a vez de Maria João Madeira e Moisés de Lemos Martins apresentarem “Brandos Costumes”, de Alberto Seixas Santos, sendo que o filme incide sobre a figura de Salazar.

Pouco antes do 25 de abril, o dia 23 reproduzirá “Dina e Django”, da autoria de Solveig Nordlund. De acordo com a mesma fonte de informação, o filme será aprofundado por Rui Cardoso Martins, escritor, argumentista e professor universitário. 

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Conferências

No “Fórum do Futuro”, o que não irá faltar são conferências acerca dos dias de hoje e do futuro. Os temas são abrangentes e englobam áreas como história, natureza, política, economia, arte e ciência.

O ciclo em questão terá início a 28 de março, pelas 18 horas, com uma conferência chamada  “Chegámos ao Antropoceno: como pensar a rota de colisão entre os tempos da história e da natureza?”, dirigida por Viriato Soromenho-Marques, catedrático de Filosofia, onde se tocarão em pontos como a crise ambiental, a paz global e os direitos humanos.

Algumas semanas depois, a 19 de abril, a partir das 18 horas, é a vez do professor Markus Gabriel lançar um novo tema. Neste caso, “Revolucionar o nosso autorretrato. O que é preciso para superar a era da crise”. Gabriel, um dos fundadores da filosofia do Novo Realismo, debruçar-se-á sobre “a necessidade de uma revolução da compreensão coletiva na dialética humano-natureza (via Ágora).

 Poesia

Outro dos grandes destaques vai para a poesia. Como refere a mesma fonte de informação, “a poesia assoma as ruas do Porto, de ocidente a oriente, na alvorada de 10 de abril”. Na prática, 50 poetas portugueses são convidados a conceber um poema inédito, com o fito de integrar uma edição original que se inspire no imaginário da Revolução dos Cravos.

Sobre esta iniciativa, a Ágora assegura que esta “apropriação coletiva” será bem visível aos olhos da cidade, já que estará espalhada na rede de mupis do Porto.

Num ano em que se celebra o meio século de 25 de abril, o “Revolução, Já!” é totalmente gratuito, ainda que a lotação para os seus eventos seja limitada. Para saber mais sobre as condições, pode clicar aqui

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